App de ensino de idiomas Duolingo é avaliado em US$ 700 milhões

Em nova rodada de investimentos, startup captou US$ 25 milhões; serviço já têm 200 milhões de usuários em todo o mundo e quer investir em novos cursos e inteligência artificial

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Por Redação Link
Atualização:
Meta. Segundo von Ahn, após anos de prejuízo, Duolingo deve se tornar lucrativo em 2018 

O Duolingo, startup que é dona de um dos aplicativo de ensino de idiomas mais populares da atualidade, anunciou nesta terça-feira, 25, que recebeu uma nova rodada de investimentos. Liderada pelo fundo Drive Capital, a rodada fez o Duolingo captar US$ 25 milhões – e levou a empresa a ser avaliada no mercado em US$ 700 milhões. 

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Fundado em 2012 pelo empreendedor e professor da Universidade Carnegie Mellon Luis von Ahn, o Duolingo tem hoje 200 milhões de usuários em todo o mundo (25 milhões são ativos todos os meses). Em seu aplicativo e também na versão web, a empresa oferece cursos gratuitos de diversas línguas – de inglês e espanhol até idiomas pouco falados, como irlandês, esperanto e Alto Valiriano (uma das línguas faladas em Game of Thrones). 

Com os recursos da rodada de financiamento, a empresa espera aumentar seu time de 80 para 150 pessoas até o final de 2018 – segundo a brasileira Gina Gothhilf, vice-presidente de crescimento do Duolingo, a maioria das contratações será de engenheiros e designers. "Esse financiamento vai nos ajudar a levar educação de graça para outros milhões enquanto criamos um negócio sustentável e lucrativo", disse Luis von Ahn, em nota enviada à imprensa. 

A expectativa da empresa é aumentar seu portfólio com novos produtos, aumentando a dificuldade dos cursos oferecidos – hoje, o Duolingo oferece apenas o nível básico de aprendizado de idiomas no seu aplicativo. 

Um dos projetos é o Duolingo Stories, que vai permitir que os alunos interajam com textos e áudios mais longos do que apenas uma ou duas frases, ampliando seu conhecimento de línguas. Os detalhes do produto, no entanto, ainda permanecem desconhecidos, bem como sua data de lançamento. Além disso, a empresa também pretende gastar os recursos desenvolvendo novos cursos há muito pedidos por usuários, em línguas como chinês e coreano. 

Outro foco da empresa será a inteligência artificial: hoje, o Duolingo já oferece um robô de conversa para que os usuários possam testar seus conhecimentos em outros idiomas, mas a opção está disponível apenas para falantes de inglês que querem aprender espanhol. 

A expansão deve ajudar o Duolingo a monetizar seus serviços. Hoje, a empresa fatura de duas formas. Uma é vendendo certificados de inglês, que custam US$ 60 e já são aceitos em 30 universidades americanas; a outra é vendendo itens e ferramentas de customização dentro do aplicativo, à moda das microtransações populares no mundo dos games. 

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Além disso, usuários também podem pagar para remover anúncios do aplicativo. Em entrevista recente ao Estado, o presidente do Duolingo, Luis von Ahn, disse que espera ter déficit de US$ 5 milhões este ano, e chegar ao lucro em 2018. 

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