PUBLICIDADE

Apple e Samsung são investigadas na Itália por forçar lentidão em aparelhos antigos

Governo italiano acredita que as empresas podem ter tentado obrigar consumidores a trocarem de aparelhos; essa é a primeira vez que a Samsung é investigada por lentidão

Por Agências
Atualização:
Apple e Samsung serão investigadas pelo governo italiano Foto: Dado Ruvic/Reuters

As fabricantes Apple e a Samsung entraram na mira do governo italiano que suspeita que ambas as empresas fizeram aparelhos antigos ficarem lentos, obrigando os consumidores a trocá-los. A Apple já responde a acusações semelhantes em outros países como nos Estados Unidos e na França, mas é a primeira vez que a Samsung será investigada pelo mesmo motivo.

PUBLICIDADE

As duas empresas são suspeitas de orquestrar “uma política comercial geral aproveitando a falta de certos componentes para reduzir os tempos de desempenho de seus produtos e induzir os consumidores a comprar novas versões”, disse o porta-voz do  departamento de defesa da concorrência do governo italiano.

Com as investigações, o governo quer entender se as empresas infringiram quatro artigos do código de defesa do consumidor do país. Caso sejam consideradas culpadas, Apple e Samsung poderão ser multadas em milhões de euros -- o valor exato não foi divulgado pelo órgão. As empresas não comentaram o caso.

A Apple reconheceu no mês passado que a atualização de software de seus iPhones mais antigos tornou os celulares mais lentos para evitar que eles desligassem durante picos de processamento. Segundo a empresa, isso foi necessário, já que o desempenho das baterias de modelos antigos é menor. A companhia negou que tivesse feito alguma coisa para reduzir intencionalmente a vida de um produto.

A empresa pediu desculpas por suas ações e cortou os custos de substituição da bateria. A Apple também disse que vai liberar, em março, uma atualização de software para mostrar aos usuários o status das baterias.

Novos casos. Na Coreia do Sul, um grupo de clientes da Apple apresentou essa quinta-feira, 19, uma queixa criminal contra o presidente-executivo da empresa, Tim Cook, após a divulgação da lentidão proposital nos aparelhos. O grupo também representa cerca de 120 queixosos em uma ação de danos civis contra a Apple iniciada no início deste mês.

O Ministério Público do Distrito Central de Seul recusou-se a comentar quando iniciará a investigação. A Apple não comentou as informações.

Publicidade

Tudo Sobre
Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.