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Apple pede desculpas por deixar iPhones antigos lentos

Empresa publicou comunicado oficial pedindo desculpas aos consumidores desapontados e prometeu que vai diminuir o preço da troca de baterias de US$79 para US$29

Por Agências
Atualização:
A Apple reconheceu que osiPhones 6, 6S, SE e7 receberam uma atualização que diminui a capacidade de processamento dos dispositivos conforme o estado da bateria. Foto: Lucas Jackson/ Reuters/

Após receber processos e críticas dos consumidores por admitir que deixa mais lentos os iPhones antigos com pouca bateria, a Apple anunciou que vai reduzir o preço de novas baterias durante um ano. Além disso, a empresa prometeu desenvolver uma mudança de software para mostrar para os usuários se a bateria de seus smartphones continua boa ou não.

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Em uma publicação eu seu site oficial na última quinta-feira, 28, a Apple se desculpou pela maneira com a qual lida com a questão das baterias degradadas e disse que vai fazer uma série de mudanças para seus clientes, numa tentativa de “reconhecer sua lealdade e reconquistar a confiança daqueles que estão tendo dúvidas quanto às intenções da companhia”.

Apple fez as mudanças para tentar acalmar as preocupações do público sobre a qualidade e durabilidade de seus produtos, já que hoje ela cobra US$ 1 mil pelo seu novo modelo, o iPhone X. No Brasil, o produto custa a partir de R$ 7 mil.

A partir de janeiro, a empresa disse que vai cortar os preços da troca de baterias fora da garantia de US$ 79 para US$ 29 para iPhones 6 e superiores. A companhia também vai fazer uma atualização no sistema operacional iOS para permitir que os usuários saibam quando suas baterias estão ruins e afetando a performance dos smartphones.

“Nós sabemos que alguns de vocês sentem que a Apple os desapontou”, disse a empresa no comunicado. “Nós pedimos desculpas”. Na nota, a empresa nega que tenha feito algo intencionalmente para diminuir a vida de seus produtos.

Polêmica. No dia 20, a Apple confirmou que, a partir do iPhone 6, passou a desacelerar a performance dos dispositivos que estão com problemas de bateria para evitar colapsos repentinos dos dispositivos. Contudo, a declaração enfureceu as redes sociais e os usuários em geral, já que há anos os clientes da marca suspeitam que a empresa propositalmente deixaria os aparelhos antigos mais lentos para encorajar a compra de novos.

Desde então, pelo menos oito processos foram abertos nos Estados americanos de Nova York, Califórnia e Illinóis alegando que a empresa defraudou seus usuários ao desacelerar seus dispositivos sem avisá-los. A companhia também sofre um processo legal na França, onde a obsolescência programada é um crime.

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Concorrentes. Após o escândalo, as principais concorrentes da indústria de smartphones se pronunciaram dizendo que não seguem a prática de desacelerar dispositivos antigos. Ao site norte-americano The Verge, a Motorola disse que “não reduz o desempenho da CPU com base em baterias mais antigas”. A HTC também declarou ao site que não adota essa prática.

Depois, as sul-coreanas Samsung e LG se pronunciaram para dizer que não reduzem a velocidade de seus smartphones com base no desempenho da bateria. Ao site PhoneArena, a LG disse que nunca fez e que nunca fará tal coisa. Já a Samsung declarou que sua maior prioridade é garantir a qualidade dos produtos. “Nós prolongamos a vida da bateria de nossos dispositivos mobile através de medidas de segurança multi-camadas, que incluem uso de algoritmos no software para controlar a corrente elétrica e a duração do carregamento”, disse um porta voz da empresa.

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