Bitcoin atinge cotação máxima em três anos

A moeda digital passou a valer US$ 1 mil, registrando uma valorização total de 125% em 2016

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Por Agências
Atualização:
Ciberciminosos pediram resgate de arquivos em Bitcoin, mas poucos conhecem moeda virtual Foto: Reuters

A moeda digital Bitcoin começou o ano atingindo uma marca histórica: a moeda passou a valer US$ 1 mil pela primeira vez em três anos, atingindo seu maior valor desde janeiro de 2014. De acordo com informações de bancos da moeda digital, o Bitcoin teve uma valorização total de 125% ao longo de 2016, superando todas as outras moedas correntes do mundo.

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O crescimento do bitcoin pode ter sido impulsionado em 2016 pelo aumento da demanda na China, que viu o yuan ter uma queda anual de 7% — seu valor mais baixo em 20 anos. Além disso, dados de analistas mostram que a maior parte das negociações de bitcoin é feita na China.

Em 2016, as maiores variações diárias do valor do bitcoin foram de cerca de 10% — uma variação muito grande em comparação com as moedas fiduciárias.

Apesar da grande variação, este não é o maior valor da moeda, que já atingiu US$ 1,2 mil no final de 2013, quando o bitcoin aumentou o seu valor em 10 vezes. Analistas afirmam que, ao longo de 2017, a moeda virtual pode ultrapassar o seu maior valor até então, em meio à uma crescente demanda por meios alternativos de pagamento.

"A crescente guerra contra o dinheiro e os controles de capital está fazendo o bitcoin parecer uma alternativa viável", disse Paul Gordon, membro da diretoria da UK Digital Currency Association e co-fundador da Quantave. 

Virtual. O bitcoin é uma moeda digital e não tem suporte de nenhum governo nem banco central que a regule ou emita. Atualmente, ela é muito usada para movimentar dinheiro em todo o mundo de forma rápida e anônima, sem cair sob a alçada de qualquer autoridade ou fiscalização, tornando-o atraente para aqueles que desejam contornar os controles de capital, como na China.

O bitcoin também está sendo útil para aqueles que ficam preocupados com a falta de oferta de dinheiro, como na Índia, onde o primeiro-ministro Narendra Modi retirou notas de alta denominação de circulação em novembro

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