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Cabify começa a operar serviço de entregas em São Paulo

Companhia, que vai investir US$ 200 milhões no Brasil nos próximos anos e acaba de se unir à Easy, começa expansão de modalidades presentes no aplicativo

Por Claudia Tozzeto
Atualização:
Juan de Antonio, cofundador do Cabify, agora lidera holding que controla Cabify e Easy Foto: Helvio Romero/Estadão

O aplicativo de transporte Cabify começa a operar nesta quinta-feira, 29, uma nova modalidade do serviço que permite chamar um motoboy para prestar um serviço de entrega. Chamado de Cabify Express, o serviço estará disponível no mesmo aplicativo do serviço de carona paga já usado no País. No lançamento, porém, a opção estará disponível apenas na cidade de São Paulo e para os funcionários de empresas que já possuem contratos de carona com o aplicativo. No futuro, porém, o objetivo da empresa é expandir o serviço para todos os usuários brasileiros.

"Nosso foco é resolver problemas de mobilidade", disse o diretor geral do Cabify para o Brasil, Daniel Bedoya, em entrevista exclusiva ao Estado. "Sabemos que há uma demanda muito forte dos usuários corporativos para transportar objetos e documentos pela cidade." A empresa já opera a modalidade Express no Chile, Colômbia, Espanha, México e Peru.

Novo serviço de entregas do aplicativo de transporte Cabify Foto: Cabify

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Assim como no caso do aplicativo de carona paga, em que o Cabify liga motoristas a passageiros, o Cabify Express vai ligar motoboys cadastrados com a empresa com pessoas que precisam levar ou trazer algum documento ou encomenda. Segundo Rogério Guimarães, chefe de novos negócios do Cabify no Brasil, o aplicativo só permitirá que motoboys que tenham alvará da prefeitura para exercer a atividade se cadastrem no aplicativo. A empresa não informou, por enquanto, o total de motoboys que já se cadastraram.

"Estamos iniciando com motos, mas conforme entendermos a necessidade dos clientes, podemos oferecer minivans, por exemplo", diz Guimarães.

Segundo o Cabify, o sistema de cobrança do serviço de entregas será o mesmo da modalidade de carona: o app vai calcular o preço com base na distância em quilômetros rodados. Do preço final, o aplicativo ficará com 20% do valor -- no serviço de carona paga, a comissão é de 25%. Como o serviço estará restrito aos usuários corporativos, o pagamento será feito por meio de fatura mensal para a empresa.

Expansão. Aplicativo de origem espanhola, o Cabify tem aumentado os investimentos no Brasil recentemente e, como o Estado revelou em abril, a empresa pretende investir US$ 200 milhões em sua operação brasileira a partir da metade de 2017. A empresa também anunciou, na semana passada, que se uniu ao aplicativo de transporte brasileiro Easy por meio de uma holding. As duas empresas, porém, continuam a operar de maneira independente. O Cabify tem, hoje, mais de 2 milhões de usuários em todo o País e tenta se posicionar como um dos principais rivais dos aplicativos 99 e Uber.

Não é a penas o Cabify que tem apostado nas entregas para aumentar seu faturamento no Brasil. O Uber também lançou, em dezembro do ano passado, um aplicativo de entregas, o Uber Eats. O aplicativo, porém, é focado em delivery de comidas e permite que qualquer pessoa use sua moto, carro ou bicicleta para entregar pedidos de restaurantes aos consumidores que os encomendaram.

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Com o lançamento do serviço de motoboy, o Cabify vai concorrer diretamente com as empresas que atuam no segmento no Brasil, além de startups locais que apostam no setor de entregas, como a Loggi.

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