O governo chinês já é conhecido por não ser muito receptivo com empresas de tecnologia: Facebook e Twitter são bloqueados no país e empresas da área, como Microsoft e Qualcomm, passam por investigações por órgãos públicos.Agora, órgãos do governo chinês começaram a investigar se eletrônicos da Apple e de outras fabricantes representam uma ameaça à segurança nacional de seus cidadãos.
De acordo com reportagem do jornal The New York Times, os produtos são submetidos a avaliações em relação ao armazenamento de dados e ao tipo de criptografia adotado para proteger os dados.As autoridades da Administração do Ciberespaço da China exigiram que diretores, desenvolvedores e funcionários das empresas visitassem o país para responder perguntas sobre produtos da empresa, alegando que precisavam destas informações para assegurar a "segurança nacional".
Ainda não há detalhes sobre a investigação, que é realizada de maneira confidencial. Segundo o jornal, o governo chinês tenta assegurar que os Estados Unidos não estão usando dados pessoais de cidadãos chineses para uso militar. Há também a desconfiança de que a China estaria usando a investigação como pretexto para extrair informações sobre as companhias norte-americanas.
Segundo o The New York Times, este é mais um indicativo de que a China pretende trilhar o seu próprio caminho no setor de tecnologia, tornando-se independente da indústria estrangeira. Atualmente, a China já investe em fábricas de semicondutores, além de provedores de rede e de e-commerce.
Aproximação. A informação sobre a investigação da Apple pelo governo chinês surge apenas um dia após a viagem do CEO da empresa, Tim Cook, para a China. Segundo fontes, Cook teria ido ao país para se encontrar com oficiais de alto escalão do governo chinês e para concretizar o investimento no rival do Uber, Didi Chuxing.