China quer acabar com streaming de músicas 'imorais'

O Ministério da Cultura da China quer que todo o conteúdo disponibilizado em streaming seja avaliado antes de se tornar público

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Por Agências
Atualização:

REUTERS

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O governo chinês quer aumentar a restrição das músicas disponibilizadas em serviços de streaming. De acordo com informações da Reuters,a partir do dia 1º de janeiro de 2016, empresas que oferecem música online devem avaliar o conteúdo antes de deixar ele disponível, disse o Ministério da Cultura em seu site. 

Leia também:Parcerias de empresas de tecnologia com a China criam polêmica nos EUA Vigilância global na internet e censura aumentam, diz relatórioNa China, três das maiores empresas de internet oferecem streaming de música: o Alibaba, o Tencent e o Baidu. Todos eles, então, precisarão ter uma curadoria para decidir quais músicas devem entrar nos serviços de streaming e quais devem ser censuradas. As empresas não comentaram o assunto.

Esta nova legislação é mais um passo dado pelo governo chinês para para “purificar” a Internet e a cultura de forma mais ampla do que é defendido pelo Partido Comunista, impossibilitando que materiais que ameaçam a estabilidade do governo consigam operar livremente.

O sistema de censura para músicas mostra o empenho do governo em restringir material cultural. Recentemente, descobriu-se que o governo chinês emprega uma grande equipe para vasculhar sites das empresas e aplicativos, com o objetivo de erradicar material sensível ao governo.

Apesar da repressão, profissionais da indústria fonográfica dizem que a China está se tornando um mercado importante no meio musical, especialmente com os ganhos de streaming.

Em agosto, o ministério proibiu uma lista de 120 canções de ser distribuído online, porque eles eram “moralmente prejudicial”.

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/REUTERS

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