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Em crise, Uber abre vaga para vice-presidente de operações

Novo executivo deverá ser 'parceiro' de Travis Kalanick no comando da companhia; vaga surge após Kalanick dizer que precisa de ajuda para liderar

Por Agências
Atualização:
Presidente executivo do Uber, Travis Kalanick está enfrentando problemas nos Estados Unidos Foto: REUTERS/Shu Zhang

O presidente executivo do Uber, Travis Kalanick, disse nesta terça-feira, 7, que a empresa de transporte urbano por aplicativo está buscando um novo vice-presidente de operações.

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"Nessa manhã, eu disse à equipe do Uber que nós estamos procurando intensamente por um vice-presidente de operações: um colega que possa ser meu parceiro para escrever o próximo capítulo em nossa jornada", disse Kalanick em mensagem publicada no site da empresa.

A publicação acontece pouco mais de uma semana depois que Kalanick disse que precisa "mudar como um líder e crescer". A frase foi dita depois que um vídeo do executivo brigando com um motorista do Uber foi publicado pela agência Bloomberg. 

"É a primeira vez que eu admiti que preciso de ajuda para liderar, e buscarei isso", disse Kalanick, que tem 40 anos de idade. 

Crise. As últimas semanas não têm sido fáceis para o Uber. No final de fevereiro, a empresa se viu numa crise, depois que uma ex-engenheira da companhia escreveu em seu blog que sofreu assédio sexual enquanto era funcionária da empresa. Segundo ela, após denunciar o caso internamente, a área de recursos humanos, assim como gestores do Uber, não fez nada sobre o assunto, pois o acusado era um funcionário de alto desempenho. Travis Kalanick pediu uma “investigação urgente” sobre o assunto.

Logo em seguida, a empresa foi acusada pela Waymo – divisão de carros conectados da Alphabet, que também controla o Google – de ter roubado uma tecnologia de sensores para carros conectados. A companhia negou as acusações e disse que vai resolver a disputa com o Google na Justiça.

Na semana passada, Amit Singhal, vice-presidente de engenharia do Uber há um mês, anunciou que deixaria o cargo. O motivo: o Uber descobriu, por meio de uma reportagem do site especializado em tecnologia Recode, que Singhal foi investigado por assédio sexual antes de sair do Google, em janeiro. Segundo fontes do site, as acusações eram críveis. Kalanick pediu para Singhal deixar o Uber.

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Além disso, o New York Times publicou matéria dizendo que a empresa usou ferramentas de software para enganar autoridades em locais onde esteve ilegal, desde 2014. 

No Brasil, a empresa teve um revés em fevereiro, quando a 33.ª Vara de Justiça do Trabalho de Belo Horizonte reconheceu o vínculo empregatício de um motorista brasileiro com o Uber.

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