Em recuperação judicial, Oi diz manter 'operação impecável'

Durante a Futurecom, empresa anunciou novo serviço de internet das coisas, que vai permitir monitoramento de residências por meio do smartphone

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Por Circe Bonatelli (Broadcast)
Atualização:

Mesmo após o anúncio da recuperação judicial em junho, a Oi continua a operar dentro da normalidade, assegurou o diretor de estratégia e transformação do negócio da operadora, Maurício Vergani, durante o primeiro dia da Futurecom, maior evento de telecomunicações da América Latina. "O operacional segue de maneira contínua", disse o executivo. "A premissa é manter a operação impecável."

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Vergani afirmou que não há registro de perda de clientes pessoa física e jurídica - devido ao anúncio da recuperação judicial. O executivo mencionou que a Oi tem obtido os melhores desempenhos operacionais do setor, como disponibilidade de rede e índices de reclamação, conforme relatórios produzidos pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).

Ele acrescentou que equipes da Oi têm feito visitas aos clientes corporativos para explicar o contexto da recuperação judicial, mesmo tratamento dado aos fornecedores. "Considerando o perfil do endividamento na recuperação judicial, a parcela de fornecedores é a menor de todas. A nossa questão é a dívida financeira, e não os fornecedores. Eles têm mantido os serviços e nós temos mantido as operações sem nenhum impacto", ressaltou.

'Internet das coisas'. A operadora lançou hoje o Oi Smart, serviço que permite controlar pelo smartphone objetos e equipamentos em casas, pequenos comércios e pequenas empresas, monitorar o movimento nesses espaços e a entrada e saída de pessoas. Para isso, serão comercializados kits formados por aplicativo e hardware (sensor de monitoramento, câmera de segurança e plugins para os objetivos, entre outros).

Vergani explicou que o serviço para pequenas empresas está disponível apenas no Rio de Janeiro neste momento e vai ser oferecido para o restante do País a partir de janeiro. "Vamos fazer ação para os 70 milhões de clientes. O número é grande e atingirá milhões de casas e milhões de pequenas empresas", disse o executivo, sem citar, porém, uma estimativa precisa.

"Para pessoas físicas, não é um produto para as classes C e D. Vai atingir a partir da classe média, especialmente os nichos de famílias com idosos, crianças pequenas, animais domésticos e outras situações que demandam acompanhamento", explicou. A operadora afirma que o serviço ajuda empresas como reforço de segurança e controle de ponto de funcionários.

O produto faz parte da estratégia de transformação da Oi em uma companhia mais digital, que melhora a experiência dos clientes e também reduz custos operacionais da companhia.

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