Dezenas de empresas de tecnologia, incluindo Apple, Facebook, Google, Microsoft e Twitter, apresentaram neste domingo, 5, um documento legal para a Justiça dos Estados Unidos contra o decreto anti-imigração do presidente Donald Trump. O documento denuncia que o decreto “inflige um dano significativo aos negócios americanos, à inovação e ao crescimento”, segundo uma cópia do texto divulgado pela imprensa local.
Esse documento apoia um processo em curso contra o decreto, cuja aplicação foi suspensa no sábado, 4. A lei impedia o ingresso nos EUA de imigrantes procedentes de sete países de maioria muçulmana. O documento entregue é chamado de "amicus curiae",que designa instituições interessadas em um processo e que podem fornecer subsídios às decisões de um tribunal.
Os diretores das gigantes da tecnologia já haviam se manifestado contra o decreto de Trump, que proibia durante 120 dias a entrada nos Estados Unidos de cidadãos do Irã, Iraque, Líbia, Somália, Sudão, Síria e Iêmen.
O texto, assinado por 97 representantes da indústria tecnológica, argumenta que decreto prejudica recrutamento e a manutenção de pessoal talentoso, ameaça as operações de seus negócios e dificulta a capacidade das empresas de atrair investimentos para os Estados Unidos.
Na noite de sexta-feira, o juiz federal James Robart ordenou a suspensão da ordem executiva emitida pelo presidente Trump de proibir a entrada de refugiados e cidadãos dos sete países citados.
Robart bloqueou o decreto momentaneamente, enquanto estuda em sua totalidade o recurso de amparo apresentado pelo procurador-geral do estado de Washington, Bob Ferguson. “A Constituição prevaleceu hoje”, manifestou Ferguson, após a sentença. “Ninguém está acima da lei, nem mesmo o presidente."