Presidente executivo da Ericsson deixa cargo após resultados ruins

Empresa sueca já busca novo executivo para o cargo; busca deve levar 'muitos meses', diz presidente do conselho

PUBLICIDADE

Por Agências
Atualização:
 Foto: Reuters

A fabricante de infraestrutura de telecomunicações sueca Ericsson anunciou nesta segunda-feira, 25, que dispensou seu presidente executivo Hans Vestberg, em uma manobra impulsionada por seus principais acionistas após uma série de resultados frustrantes. 

PUBLICIDADE

Vestberg, que estava no cargo desde 2009, começou a receber críticas da mídia sueca nos últimos meses, em reportagens que questionavam sua liderança e seu pagamento, especialmente depois de resultados ruins que fizeram a empresa perder 15% de seu valor de mercado em apenas um dia, no último mês de abril. Em comunicado à imprensa, Vestberg disse que "no momento em que a indústria entra em uma nova fase, com 5G, internet das coisas e computação em nuvem, é hora de outro presidente executivo entrar e continuar a fazer a Ericsson a ser líder no mercado."

Em uma coletiva à imprensa local, o presidente do conselho da Ericsson, Leif Johansson, disse que esperava que a busca por um novo executivo para o cargo – que deve considerar candidatos internos e externos – deve levar "muitos meses. 

"Se possível, gostaríamos de achar alguém que tenha um bom conhecimento em tecnologia, e claro, o quanto melhor a pessoa puder se provar em termos de liderança, melhor" disse Johansson. 

As ações da Ericsson subiam 3% após o anúncio – neste ano, no entanto, a empresa perdeu 21% de seu valor. 

Primeiro passo. Para analistas, a mudança de comando é um bom começo. "Claramente, a empresa ainda não tem um plano rápido para resolver seus problemas, mas a saída do presidente-executivo pode ser considerada pelo mercado com um primeiro passo positivo", disse Neil Campling, chefe de pesquisa da consultoria Northern Trust Capital Markets. 

Segundo Campling, trabalhar em aquisições e cortar gastos podem ajudar a Ericsson a competir melhor com seus principais rivais hoje em dia – a chinesa Huawei e a finlandesa Nokia, esta última recém-fundida com a antiga rival Alcatel Lucent. 

Publicidade

Tudo Sobre
Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.