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Ex-chefe de buscas do Google é demitido do Uber

Amit Singhal, que foi contratado há um mês pelo Uber, não informou ao aplicativo de carona paga que saiu do buscador por uma acusação de assédio sexual

Por Redação Link
Atualização:
Depois de uma carreira de 15 anos no buscador, Singhal deixou a empresa em meio a acusações de assédio sexual Foto: Jason Henry/The New York Times

O vice-presidente de engenharia do Uber e ex-chefe de buscas do Google, Amit Singhal, deixou seu cargo no aplicativo de carona paga nesta segunda-feira, 27, à pedido do presidente executivo da empresa, Travis Kalanick. O executivo, que anunciou a sua saída do Google há cerca de um mês, não revelou à empresa de transporte que saiu do Google após ser acusado de assédio sexual e uma investigação interna do Google ter apontado que a acusação era crível. A ação foi tomada depois que o site especializado em tecnologia Recode informou executivos do Uber sobre fatos que foram apurados pela reportagem.

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A saída de Singhal do Uber acontece em um momento delicado para a empresa, que tem sido acusada de ser omissa em casos de assédio sexual ocorridos dentro da sede da empresa, em São Francisco, na Califórnia. Um dos casos foi revelado na semana passada por uma ex-funcionária da empresa, que afirma que um gerente usou o aplicativo interno de bate-papo para assediá-la. Ela afirma que avisou a área de recursos humanos da empresa e outros gestores, mas que nenhuma ação foi tomada na época, pois o suposto agressor era um funcionário de alto desempenho. Depois da denúncia, Kalanick veio a público informar que pediu uma "investigação urgente" sobre as alegações.

De acordo com o Recode, o Uber não sabia das acusações contra Singhal quando o executivo foi contratado, em janeiro, apesar de ter feito uma investigação minuciosa sobre seu passado profissional. Na época, eles não encontraram evidências de qual seria o motivo da saída do executivo, que por muitos anos foi o principal executivo de buscas do Google. O executivo não informou, antes de sua contratação, que havia sido alvo de uma investigação de assédio sexual no Google.

O site afirma que, no final do ano passado, Singhal foi confrontado pelo chefe de recursos humanos do Google e pelo presidente executivo Sundar Pichai, mas que ele negou as acusações. Porém, após o feriado de Natal e Ano-Novo, o executivo decidiu deixar a empresa, após 15 anos de carreira. Segundo fontes do Recode, o Google iria demitir o executivo, mas não precisou fazê-lo, depois que ele deixou o cargo. Procurados pelo Recode, Google, Uber e Singhal não comentaram o caso.

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