Na busca por agradar a política chinesa, o Facebook desenvolveu uma ferramenta de censura para conseguir entrar novamente no país asiático. De acordo com informações divulgadas pelo jornal New York Times nesta terça-feira, 22, a rede social de Mark Zuckerberg está tentando voltar à China após uma proibição de sete anos, restringindo mais facilmente conteúdos não desejáveis pela cúpula do governo chinês.
Segundo informações do jornal norte-americano, o Facebook desenvolveu o software que impede que certos posts apareçam nos feeds de notícias de pessoas em geografias específicas. O desenvolvimento do recurso contou com total apoio de Mark Zuckerberg, disse o The New York Times, citando funcionários e ex-funcionários não identificados.
Mark Zuckerberg se reuniu em março com o chefe da propaganda da China, Liu Yunshan, que disse esperar que a rede possa fortalecer intercâmbios e melhorar a compreensão mútua com empresas de internet da China, de acordo com a agência de notícias Xinhua.
"Há muito tempo dizemos que estamos interessados na China e estamos gastando tempo entendendo e aprendendo mais sobre o país", disse a porta-voz do Facebook, Arielle Aryah, em uma declaração enviada por e-mail à Reuters. "Ainda não tomamos qualquer decisão sobre a nossa abordagem à China. Nosso foco agora é ajudar as empresas chinesas e desenvolvedores a se expandirem para mercados fora da China usando nossa plataforma de anúncios".
A Administração de Segurança Cibernética da China, regulador de internet do país, não respondeu a um pedido de comentário feito pela Reuters por fax. O Ministério das Relações Exteriores da China recusou-se a comentar.