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Facebook diz que vai proibir anúncios estrangeiros durante referendo da Irlanda

No fim do mês, irlandeses decidirão se devem revogar emenda constitucional contra aborto; rede social permanece em investigação sobre responsabilidades em Brexit e eleições no EUA

Por Agências
Atualização:
Facebook está na mira dos órgãos reguladores pelo mundo por escândalo de uso ilícito de dados pela Cambridge Analytica Foto: Dado Ruvic/Reuters

O Facebook disse que não permitirá que pessoas de fora da Irlanda promovam anúncios relacionados ao referendo sobre legalização do abordo, marcado para acontecer no país dia 25 de maio. Os anúncios acontecem em um período que a rede social passa por investigação por supostamente interferir nas decisões do Brexit e nas eleições presidenciais dos Estados Unidos em 2016.

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O momento é considerado crucial para a Irlanda. Isso porque o referendo que decidirá deve ou não liberalizar as leis de aborto no país dará aos eleitores a primeira oportunidade em 35 anos de revogar uma emenda constitucional que por muito tempo dividiuprofundamente a nação católica.

A empresa disse que usará relatórios de grupos de campanhas de ambos os lados para identificar se os anúncios são baseados no exterior, já que suas ferramentas automatizadas de integridade eleitoral ainda estão em fase de desenvolvimento.

Tentativas. Em 25 de abril, a rede social lançou um teste com uma ferramenta de "exibição de anúncios", que permite que os usuários visualizem todos os anúncios que qualquer anunciante está exibindo no Facebook da Irlanda ao mesmo tempo.

O sistema que ajudará o Facebook a definir se os anúncios em período eleitoral estão dentro das normas da empresa ainda está em fase de testes, mas deve atender as eleições brasileiras.

Para colocá-la em prática, a empresa disse estar investindo em inteligência artificial e planeja contratar mais pessoas para ajudar a rastrear essas publicações. Os usuários também poderão avisar à plataforma sobre anúncios que desconfiarem ser abusivos

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