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Google é acusado de violar lei de privacidade no Reino Unido

Órgão europeu afirma que subsidiária do Google usou informações de pacientes de hospital sem autorização prévia

Por Redação Link
Atualização:
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Testes médicos realizados pela DeepMind, divisão de inteligência artficial da Alphabet, que também controla o Google, violaram leis britânicas de proteção aos dados, de acordo com decisão divulgada nesta segunda-feira, 3,pelo principal órgão de defesa à privacidade do Reino Unido.Segundo o Escritório do Comissário de Informação do Reino Unido, o hospital do Serviço Nacional de Saúde, ao realizar testes com a DeepMind,compartilhou inapropriadamente os registros de 1,6 milhão de pacientes com o Google.

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"Os pacientes não esperavam que as suas informações seria usadas dessa forma", disse a comissária do Escritório do Comissário de Informação, Elizabeth Denham, por meio de comunicado. "As empresasdeveriam ser mais transparentes em relação ao que estava ocorrendo."A comissária ainda afirmou que nenhum dos 1,6 milhão de pacientes afetados autorizou previamente ou foi informado de que os seus dados iriam ser compartilhados com a subsidiária da Alphabet, que trambém controla o Google.

Os testes com os dados dos pacientes foram iniciados em novembro de 2015, visando ajudar médicos a diagnosticar lesões renais agudas e não envolveu elementos de inteligência artificial. A DeepMind, na verdade, produziu um software para compilar dados de pacientes, como resultados de exames e com outras informações vitais, para mandar um alerta a uma equipe médica por meio de um aplicativo caso um paciente estivesse em uma situação com risco extremo.

Investigado pelo órgão governamental, o processo foi acusado de ter vários problemas na manipulação de dados de pacientes, sem tomar os cuidados que a situação requer. Além disso, a DeepMind não visava a melhora direta para os pacientes, mas sim um aprimoramento direto de seu aplicativo para hospitais e institutos de saúde. "O preço da inovação não precisa significar a erosão dos direitos fundamentais à privacidade", disse Denham, a comissária do Reino Unido.

No blog oficial da empresa, a DeepMind disse que reconhece que cometeu vários equívocos em seu trabalhoe saudou "a solução previdente do ICO para o caso, esperando que isso garanta o tratamento contínuo e legal dos dados dos pacientes."

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