IBM investirá US$3 bi em unidade de Internet das Coisas

Empresa fechou contrato com a Weather Company, que moverá seus serviços de fornecimento de dados sobre clima para a nuvem da IBM para que clientes da marca possam usar informações em conjunto com outras ferramentas

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Por Agências
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SÃO PAULO – A IBM anunciou nesta terça-feira, 30, que investirá us$ 3 bilhões nos próximos quatro anos em uma nova unidade de “Internet das Coisas”, buscando vender seus conhecimentos especializados em coleta e interpretação de dados em tempo real.

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A companhia disse que seus serviços serão baseados remotamente na nuvem, e oferecerá para empresas maneiras de usar as fontes de dados novas e em cada vez maior número, como smartphones e eletrodomésticos, para aprimorar seus próprios produtos.

Para sua primeira grande parceria, a IBM fechou contrato com a Weather Company, que moverá seus serviços de fornecimento de dados sobre clima para a nuvem da IBM para que clientes possam usar os dados em conjunto às ferramentas de análise da IBM.

Como resultado, a IBM espera que companhias sejam capazes de combinar previsões meteorológicas em tempo real com diversos dados empresariais para que companhias possam se adaptar rapidamente a padrões de compras de consumidores ou a questões da cadeia logística ligadas ao clima.

Por exemplo, seguradoras poderiam enviar mensagens a segurados em certas áreas onde são esperadas chuvas de granizo e informá-los sobre lugares seguros para estacionar, economizando dinheiro a todos os envolvidos.

A Weather Company é conhecida por ser dona do canal de TV Weather Channel e do site weather.com. Segundo o The New York Times, a companhia gera 20 terabytes de dados sobre o clima todos os dias por meio de radares, satélites e sensores.É a partir dessas informações que companhias como a Apple, Google e Microsoft alimentam seus aplicativos sobre a previsão do tempo.

A companhia também comercializava seus dados para clientes corporativos, como empresas de aviação. As companhias aéreas somam esses dados a outros captados por sensores para minimizar as turbulências durante o voo, antecipando mudanças a serem feitas no trajeto do voo não só para aumentar o conforto dos passageiros, mas também para reduzir os custos com combustível, já que essas turbulências exigem maior gasto de combustível.

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Expansão

A IBM disse que já está trabalhando com mais algumas grandes companhias, como a fabricante alemã de pneus Continental e a fabricante de turbinas de jato Pratt & Whitney para ajudá-las a usar dados em seus processos.  Anteriormente, a empresa fechou um contrato com o Twitter com o mesmo objetivo.

A parceria faz parte de uma tendência entre as empresas que atuam na nuvem de tentar melhorar os seus serviços oferecendo dados para empresas e desenvolvedores. Esses dados são então interpretados por máquinas que conseguem tomar decisões baseadas em um número grande dados, muito maior do que um humano conseguiria analisar.

No caso da IBM, a empresa possui o sistema de inteligência artificial Watson, que ficou famoso em 2011 ao vencer humanos no programa de perguntas e repostas Jeopardy, mesmo sem estar conectado à internet.

O Watson é usado, por exemplo, por médicos, já que é capaz de analisar milhares de publicações médicas antes de sugerir um diagnóstico. O que as empresas de computação na nuvem estão fazendo é atacar na outra ponta, oferecendo os dados para alimentar essa tecnologia.

/ REUTERS

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