Instagram chega a 500 milhões de usuários no mundo

Segundo maior país da rede social de compartilhamento de fotos, Brasil tem 35 milhões de usuários ativos mensalmente

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Por Bruno Capelas
Atualização:
Aplicativo agora permite que usuário organize itens salvos em "coleções". Foto: NYT

O Instagram anunciou nesta terça-feira, 21, que sua alcançou a marca de 500 milhões de usuários ativos mensalmente no mundo todo – o último dado, divulgado em setembro de 2015, dizia que a empresa tinha 400 milhões de usuários globalmente. Segundo a rede social, mais de 300 milhões de usuários acessam seu aplicativo todos os dias. 

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Segundo maior país da rede social, voltada para o compartilhamento de fotos e vídeos, o Brasil tem hoje 35 milhões de usuários – em crescimento médio de um milhão de novos usuários por mês desde o primeiro anúncio, de 29 milhões, em novembro de 2015. 

Em comunicado à imprensa, o Instagram diz ainda que sua base global de usuários mensais mais do que dobrou nos últimos dois anos, e que 80% de sua comunidade está fora dos Estados Unidos. Todos os dias, uma média de 4,2 bilhões de curtidas são dadas às fotos publicadas na plataforma. Diariamente, 95 milhões de fotos e vídeos são postados na plataforma.

“O Instagram é uma rede social que conseguiu se estabelecer de maneira concreta”, afirma o analista de mídia da Nielsen, José Calazans. “Enquanto algumas redes sociais, como o LinkedIn e o Twitter, não conseguem mais se expandir, o Instagram consegue acrescentar cada vez mais usuários.”

Entre os motivos apontados para a consolidação do Instagram no mercado de aplicativos está a compra pelo Facebook: em 2012, a empresa de Mark Zuckerberg pagou US$ 1 bilhão pelo app de fotos, criado em 2010 pelo americano Kevin Systrom e o brasileiro Mike Krieger. “Ao se juntar ao Facebook, o Instagram ganhou robustez de dados, de publicidade e de tecnologia”, afirma Calazans. “Ele conseguiu ser um aliado da maior rede social do mundo. Ele é um complemento.”

Além disso, outros pontos fazem com que o Instagram se torne forte no mercado de aplicativos. De acordo com a empresa, 80% dos usuários da rede social estão fora dos Estados Unidos. Com isso, o Instagram consegue manter sua relevância em todo o mundo, com diferentes alcances.

O Instagram também se tornou peça fundamental nos smartphones das pessoas. “O Twitter não nasceu feito para smartphones. Ele foi adaptado, porque inicialmente foi concebido para mensagens SMS. O mesmo não acontece com o Instagram”, comenta o analista. Segundo uma pesquisa recente da Nielsen, sobre o uso de aplicativos, o Instagram costuma ser um dos poucos programas que não é deletado pelos usuários quando estes precisam de espaço em seus smartphones. “Ele se tornou essencial para a diversão das pessoas”, aponta Calazans. 

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Riscos. Apesar dos números positivos, alguns riscos podem surgir no futuro da rede social: um vislumbre disso aconteceu nos últimos meses, quando o app ganhou uma mudança em seu visual. A troca do ícone – de uma câmera retrô para um símbolo colorido que remete ao por do sol – provou protestos entre os usuários. Outra mudança relevante foi quando o aplicativo resolveu utilizar um algoritmo para determinar a ordem das publicações que aparecem na linha do tempo de seus usuários. 

Para Calazans, no entanto, as mudanças não afastam os usuários. “Não tem muita relevância porque não quebra a característica dele”, afirma. “Quando anunciaram suporte para vídeo, muita gente duvidou. Mas deu certo. Quando falaram que ia ter publicidade, muitos usuários acharam que ia ser uma interferência, mas deu tudo certo. Não vai piorar ou perder usuários com o algoritmo ou o novo design.”

De acordo com o analista, é difícil imaginar hoje um serviço que consiga tomar o espaço da rede social de fotos – para ele, será preciso uma mudança no padrão tecnológico para que o Instagram perca relevância. “Quando os smartphones forem superados por uma nova tecnologia, o cenário pode mudar, mas até lá, é difícil que o app não mantenha seu espaço.”

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