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Intel é processada nos EUA por falhas de segurança em seus chips

Após vir a público que quase todos os processadores fabricados na última década possuem graves falhas de segurança, empresa foi processada em três ações coletivas

Por Redação Link
Atualização:
Vice-líder do mercado de semicondutores, empresa está se sentindo ameaçada Foto: Reuters

Após as revelações feitas por dois engenheiros do Google de que quase todos os processadores fabricados no mundo na última década possuem falhas que os tornam vulneráveis a ataques, a Intel foi processada em pelo menos três ações judiciais coletivas, segundo informações do jornal britânico The Guardian.

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Os processos de ação coletiva foram enviados separadamente aos Estados norte-americanos de Califórnia, Oregon e Indiana e buscam compensação financeira pelos danos causados. Nas justificativas, os três processos citam a demora da Intel em tornar público as falhas, descobertas em junho do ano passado. Os processos também alegam que o computador de consumidores ficarão mais lentos após serem realizadas as correções sugeridas pela empresa para pôr fim às falhas de seguranças.

A Intel, contudo, já se pronunciou dizendo que os impactos de desempenho não afetarão todos os usuários. “O impacto no desempenho depende da carga de trabalho. Para um usuário médio, as mudanças não devem ser significativas e serão atenuadas ao longo do tempo", disse a companhia em nota.

“A vulnerabilidade revelada sugere que esta pode ser uma das maiores falhas de seguranças que já aconteceram”, disse Bill Doyle, advogado das partes que estão processando a Intel na Califórnia. “A Intel precisa agir rapidamente para corrigir o problema e garantir que os consumidores sejam compensados por suas perdas”.

Os consumidores precisarão provar danos reais para as acusações serem aceitas nas cortes dos EUA. No entanto, especialistas afirmam que as ações movidas por clientes podem ser só um dos efeitos causados após as revelações da falha Meltdown. Isso porque, provavelmente, Amazon, Google e Microsoft vão buscar algum tipo de compensação financeira pelos gastos que tiveram em soluções de software e hardware para corrigir o problema.

Crise. As duas falhas, chamadas de Meltdown e Spectre, foram descobertas e informadas às empresas de tecnologia em 2017, mas só se tornaram públicas em 2018. Ambas permitem que hackers possam roubar informações pessoais de praticamente qualquer dispositivo de computação contendo chips da Intel, de sua principal rival, a AMD, e da projetista de semicondutores britânica ARM, responsável pelos processadores da maioria dos smartphones do mercado.

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