LinkedIn perde US$ 10 bilhões em valor de mercado em um dia

Ações da rede social para profissionais caíram 40% na bolsa de valores de Nova York após previsão pessimista de receitas

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Por Agências
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O LinkedIn, empresa que tem como maior produto a rede social homônima, voltada para contatos profissionais, viu suas ações caírem 40% nesta sexta-feira, perdendo nada menos que US$ 10 bilhões em valor de mercado em apenas um dia. A queda aconteceu depois que a rede social chocou Wall Street, com previsões de receita que ficaram muito abaixo das expectativas dos investidores.

Oficialmente, a empresa mostrou previsões de receitas para 2016 na casa de US$ 3,60 bilhões, cerca de US$ 300 milhões a menos que o esperado pela média dos analistas ouvidos pela Thomson Reuters. Na última quinta-feira, 4, a empresa encerrou o pregão na bolsa de valores de Nova York com ações valendo US$ 191,20 – na tarde desta sexta-feira, 5, os papéis caíram para perto dos US$ 115.

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Os papéis da empresa voltaram a uma marca negativa de três anos atrás, em US$ 124,51, na maior queda registrada pelo LinkedIn desde que a empresa abriu seu capital na bolsa, em 2011. Ao menos sete grandes corretoras mudaram sua avaliação das ações da empresa – de “compre” para “mantenha”, dizendo que o valor da empresa não se justificava mais.

Decepção. “Com perfil de crescimento mais lento, acredito que o LinkedIn não mereça mais o status premium que nós conferimos a ela”, disseram os analistas da Mizuho Securities USA. Para a Mizuho, o preço das ações da empresa deve chegar a US$ 150. “Com esse potencial de receitas, o LinkedIn deve crescer cerca de 15% em 2017 e 10% em 2018, o que é algo baixo”, acrescentou a Mizuho.

Outro número que decepcionou os analistas foi a revelação de que o crescimento de receitas com anúncios online foi de apenas 20% no último trimestre de 2015 – no ano anterior, o mesmo período demonstrou um crescimento de 56%. “Nós estivemos errados em acreditar que essa era uma ação positiva”, disseram os analistas da corretora RBC.

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Para os analistas da Evercore, o LinkedIn perdeu seu status entre as grandes empresas de tecnologia – de acordo com texto divulgado pela corretora a seus clientes, Facebook, Alphabet e Amazon são escolhas melhores de ações para serem compradas.

Nos últimos meses, o LinkedIn tem investido fortemente em expansão ao comprar empresas, contratar profissionais da área de vendas e crescer fora dos EUA, mas agora a empresa se vê pressionada em mercados como Europa, Oriente Médio e África devido a questões macro-econômicas.

“Considerando esses problemas macroeconômicos e as últimas ações do LinkedIn, esperamos que os investidores demandem uma performance financeira acima da média antes que haja uma recuperação significativa no status do LinkedIn na bolsa de valores”, disseram analistas do Goldman Sachs em nota a seus clientes.

/ REUTERS

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