'Loja do futuro' da Amazon tem filas na estreia

Aberta em Seattle, nos EUA, ponto de venda da gigante online não tem caixas nem carrinhos

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Por Agências Internacionais
Atualização:
Digital. Para entrar na loja, cliente precisa baixar app oficial. Foto: AP/Elaine Thompson

A abertura da “loja do futuro” da gigante das vendas online Amazon, em Seattle, atraiu uma pequena multidão. Pelo menos cem pessoas fizeram fila para a abertura da loja, chamada de Amazon Go, não se importando com o frio de 5ºC que fazia às 7 horas da manhã desta segunda-feira, 22. 

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A loja não tem caixas de pagamento nem carrinhos ou cestas de mercado. Tudo é resolvido com ajuda de um aplicativo oficial, o Amazon Go, que permite o acesso à loja e faz o rastreio dos itens escolhidos pelos consumidores. Nesta segunda-feira, os funcionários da Amazon se esmeraram em certificar que todos que estavam na fila possuíam o aplicativo instalado em seus smartphones. 

Com 167 metros quadrados, a Amazon Go tem estantes repletas de produtos que poderiam ser encontrados em qualquer loja de conveniência, como refrigerantes e salgadinhos. Também tem alguns dos produtos que podem ser encontrados no Whole Foods, a cadeia de alimentos que a Amazon comprou no ano passado. O diferencial, porém, está na tecnologia. 

Como funciona. É ela que, mesmo fora da visão dos clientes, permite uma experiência de compras como nunca antes vista. Toda vez que um consumidor pega um item da estante, a Amazon interpreta que o produto já está no “carrinho de compras” online do cliente, com ajuda das centenas de câmeras espalhadas pelo teto da loja. Se o produto voltar à gôndola, a Amazon o retira da cestinha virtual. 

A Amazon não explica exatamente como o sistema funciona, mas diz que envolve reconhecimento de imagem e softwares de aprendizado de máquina. Ao finalizar a compra, os consumidores simplesmente saem pelos mesmos portões que entraram, sem nem precisar sacar o cartão de crédito da carteira. Tudo o que está na sacola vai direto para a cobrança na conta do usuário na Amazon, que pode ser acessada pelo app. 

Minutos depois de sair da loja, um recibo eletrônico é enviado ao e-mail do consumidor com os dados da compra. 

Emprego. Em 2016, os Estados Unidos tinham pelo menos 3,5 milhões de pessoas empregadas como caixas de supermercado. É bem fácil pensar que seus empregos estão em risco se a tecnologia da Amazon se espalhar pelo varejo. “Colocamos nossos funcionários em tarefas que podem ser úteis à experiência dos consumidores”, diz Gianna Puerini, executiva responsável pela loja. 

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Entre essas tarefas estão a reposição de itens nas estantes e prestar auxílio a consumidores com problemas técnicos. Há um grupo dedicado a ajudar clientes a encontrar seus produtos favoritos. Como não há caixas, um empregado fica à disposição na seção de vinhos e cervejas, checando as identidades dos consumidores para liberar a retirada de bebidas alcoólicas das estantes.

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