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Lucro da Microsoft cai 25% no último trimestre

Empresa teve resultado abaixo do esperado pelos analistas; prioridade de Nadella, computação em nuvem surpreende

Por thiagosawada
Atualização:
 

A Microsoft anunciou ontem os resultados do balanço do terceiro trimestre fiscal de 2016, encerrado no dia 31 de março. A companhia registrou lucro líquido de US$ 3,76 bilhões, ou US$ 0,47 por ação, o que representa uma queda de 24,6% em relação ao mesmo período do ano anterior, quando o lucro foi de US$ 4,99 bilhões.

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Excluindo o impacto de diferimento na receita e gastos com reestruturação, o lucro ajustado da empresa ficou estável em US$ 0,62 por ação. Já a receita recuou 5,5% no período, para US$ 20,5 bilhões, mas subiu 1,6% na base ajustada, para US$ 22,08 bilhões. Tanto o lucro quanto a receita ficaram abaixo das estimativas de analistas consultados pela Thomson Reuters. As expectativas eram de que o lucro por ação seria de US$ 0,64 e de que a receita alcançaria US$ 22,09 bilhões. Isso levou as ações da empresa a serem negociadas a um valor 4% menor no fim do pregão de ontem.

A receita com produtividade e soluções para empresas subiu 1%, para US$ 6,5 bilhões. Já a receita no segmento de computação pessoal – que inclui o sistema operacional Windows e o Xbox – teve aumento de 1%, para US$ 9,5 bilhões. O valor ficou acima das estimativas de US$ 9,17 bilhões de analistas consultados pela Bloomberg.

Cenário. Os negócios internacionais da Microsoft foram afetados pela valorização do dólar americano, bem como pelo declínio das vendas de computadores pessoais.

Em 11 de abril, a empresa de pesquisa Gartner revelou que as vendas de computadores em todo o mundo diminuíram 9,6% no primeiro trimestre deste ano em relação ao mesmo intervalo em 2015, marcando o sexto trimestre consecutivo de resultados desfavoráveis para o setor. Já para o IDC, outra empresa de pesquisa, a queda na venda de computadores no primeiro trimestre foi ainda maior, chegando a 11,5% no primeiro trimestre deste ano.

Nuvem. Por outro lado, o negócio de nuvem da companhia, que inclui a infraestrutura e serviços da plataforma de computação em nuvem da Azure, bem como produtos como softwares para servidores, cresceu mais do que o esperado. As receitas aumentaram em 3,3%, para US$ 6,1 bilhões no último trimestre.

“Gostaríamos de ter visto um crescimento de 7% a 9% (na receita do negócio de nuvem)”, disse à Reuters o gerente de carteira de investimentos da Synovus Trust, Dan Morgan, que detém ações da Microsoft. “Estamos tentando validar essa história de que a Microsoft está realmente se tornando uma empresa de serviços de nuvem e que eles não vão poder contar com o computador.” O presidente executivo, Satya Nadella, vem concentrando esforços para desenvolver o negócios em nuvem da empresa desde que assumiu o cargo em 2014. / REUTERS

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