Microsoft e Banco Votorantim investem R$ 1 milhão na startup Quero Quitar

Empresa em estágio inicial permite que endividados renegociem suas dívidas pela internet em condições especiais

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Por Claudia Tozzeto
Atualização:
Companhia que criou o Windows criou fundo BR Startups em 2014 Foto: Reuters

**Atualizada em 8/12/2017 às 19h46 com mais informações sobre as empresas participantes do fundo BR Startups**

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A Microsoft e o Banco Votorantim vão investir R$ 1 milhão na plataforma de renegociação de dívidas Quero Quitar, por meio do fundo BR Startups, que já captou R$ 27 milhões e tem a intenção de atingir R$ 300 milhões em capital.

Criado há três anos, o fundo reúne Microsoft, Monsanto, Algar, Banco do Brasil Seguridade, Qualcomm e AGE-Rio e tenta impulsionar startups em estágio inicial no Brasil. Trata-se do segundo investimento do fundo, sendo o primeiro em uma startup do setor financeiro, grupo conhecido como fintechs.

 “Nosso objetivo é ampliar a presença em outros segmentos, como manufatura e varejo”, diz Franklin Luzes, diretor de operações da Microsoft Participações, que idealizou o fundo BR Startups, gerido pela MSW Capital.

Fundada em 2015, a Quero Quitar é uma plataforma que permite que pessoas endividadas renegociem suas dívidas pela internet.

Os credores cadastram suas carteiras de dívidas para que fiquem à disposição para consulta e negociação pelos endividados, em vez de cobrá-los por telefone ou pessoalmente. O consumidor renegocia a dívida por meio do site, com condições especiais. A startup fica com porcentual do valor das dívidas pagas às instituições financeiras.

“Esse investimento vai nos ajudar a ganhar escala mais rápido”, diz Marc Lahoud, presidente executivo da startup, que já renegociou mais de 270 mil dívidas desde sua fundação. “Queremos engajar o consumidor endividado em um processo mais fácil para resolver a dívida.”

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Segundo Gabriel Ferreira, diretor de varejo, marketing e inovação do Banco Votorantim, o aporte faz sentido devido à sinergia entre os negócios. “O Banco Votorantim tem a BV Financeira que, apesar de ter uma boa carteira de clientes, acaba tendo inadimplentes”, diz o executivo.

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