'Negar a liberdade de comunicação é assustador em uma democracia', diz Mark Zuckerberg

Presidente executivo do Facebook, grupo que controla o WhatsApp, se manifestou sobre a suspensão temporária do aplicativo de mensagens no Brasil

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Por Bruno Capelas
Atualização:
Mark Zuckerberg, presidente executivo do Facebook, criticou a decisão da Justiça brasileira em bloquear o WhatsApp Foto: Reuters

Mark Zuckerberg, presidente executivo do Facebook, que controla o WhatsApp, veio a público comentar o bloqueio temporário do aplicativo de mensagens no Brasil, pedido na última segunda-feira, 2, pela Justiça de Sergipe, e revogado na tarde desta terça-feira, 3. Em uma postagem feita em sua página pessoal no Facebook, Zuckerberg agradeceu aos brasileiros pela mobilização. "O WhatsApp está de volta ao ar no Brasil! Suas vozes foram ouvidas de novo. Obrigado à comunidade pela ajuda em resolver este problema", disse o executivo. 

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Em seu texto, Zuckerberg criticou a Justiça brasileira por sua decisão, considerada por ele antidemocrática. "A ideia que qualquer pessoa no Brasil pode ter sua liberdade de comunicação negada é bastante assustadora em uma democracia", disse o fundador do Facebook. 

O executivo também clamou os usuários a se envolverem na discussão sobre o assunto – na próxima quarta-feira, 4, em Brasília, a recém-formada Frente Parlamentar Pela Internet Livre realizará um evento e vai apresentar projetos de lei para prevenir que serviços, sites e apps sejam bloqueados pela Justiça. 

"Se você é brasileiro e usa o WhatsApp, quero incentivá-lo a expressar sua opinião", argumentou o executivo, que ainda indicou a petição liderada pelo Instituto de Tecnologia e Sociedade do Rio de Janeiro (ITS-Rio) para pedir ao Judicário o fim dos bloqueios. 

Zuckerberg destacou ainda a participação dos brasileiros na discussão de políticas para a internet. "Os brasileiros estão entre os líderes na tarefa de conectar o mundo e criar uma internet aberta há muitos anos", disse. 

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