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Nubank perde R$ 100 mi em 2018, mas dobra receita

A empresa divulgou ainda que aumentou sua base de usuários em 93% no ano passado, chegando a 5,9 milhões de clientes

Por Mariana Lima
Atualização:
Empresas de cartão de crédito divulgou o relatório financeiro de 2018 Foto: Paulo Whitaker/Reuters

A fintech brasileira Nubank fechou o ano de 2018 com prejuízo líquido de R$ 100,3 milhões, segundo divulgou nesta sexta-feira, 29, a própria companhia em seu balanço financeiro anual. As perdas, segundo a fintech, foram 14% menores que em 2017. A empresa divulgou ainda que aumentou sua base de usuários em 93% no ano passado, chegando a 5,9 milhões de clientes de seu cartão de crédito roxo. 

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Apesar de não ser uma empresa de capital aberto, cuja divulgação periódica dos resultados financeiros é obrigatória, o Nubank tem adotado a prática de compartilhar em seu site detalhes sobre a operação para ganhar confiança do mercado. 

No relatório, a companhia disse que registrou R$ 1,23 bilhão em receitas em 2018, uma conta feita com a soma entre o faturamento operacional e financeiro (juros e rendimentos). O valor, diz a companhia, é 2,2 vezes superior aos R$ 567,3 milhões registrados em 2017. Por outro lado, as despesas operacionais do Nubank também subiram em 2018: os gastos foram 82% maiores que em 2017 – a empresa não detalhou os motivos. 

Outro destaque registrado pela startup ao longo do ano passado foi o crescimento da NuConta, nome dado ao serviço de conta digital da empresa. Lançada em maio para o público em geral, a NuConta tem 3 milhões de clientes e registrou um valor total de depósitos de R$ 2,43 bilhões. Além de cartão de crédito, alguns usuários da conta digital já tem tido acesso a operações de cartão de débito e empréstimos pessoais pelo serviço. 

Fundos. O Nubank hoje é considerado a maior fintech brasileira. Está avaliado em US$ 4 bilhões desde outubro do ano passado, quando recebeu US$ 180 milhões em uma rodada de investimentos liderada pela chinesa Tencent. A empresa já recebeu cinco rodadas de investimentos desde sua fundação, em 2013, pelo colombiano David Vélez. Entre os fundos que já investiram na startup, estão alguns dos principais nomes do Vale do Silício, como a Sequoia Capital e o Ribbit Capital, bem como o latino Kaszek Ventures. 

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