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Para lutar contra Amazon, Google faz esforço de marketing

Rivalidade das empresas no campo dos assistentes de voz traz nova era para a feira de tecnologia de Las Vegas

Por Sistemas baseados em inteligência artificial agora controlam de fogão à TV; no Brasil e desafio é faz
Atualização:
Uma das ações do Google durante a CES 2018 foi revestir os trens do Monorail com o slogan do Assistant Foto: Jae C. Hong/AP

Quem esteve em Las Vegas para a CES não pôde deixar de ver uma grande marca pela cidade. O gigante de buscas Google estava em todos os lugares: nos cassinos, no transporte público (ver foto ao lado), em cabines com cara de fliperama e, obviamente, em um divertido estande, feito por designers da Disney, bem no centro do Las Vegas Convention Center, onde ocorre a feira. “O Google é nosso parceiro há anos, mas a presença massiva deles em 2018 nos deixa felizes”, disse Gary Shapiro, presidente da Consumer Technology Association (CTA), organizadora do evento. O esforço do Google não é à toa: a empresa precisa correr atrás do tempo perdido no mercado de assistentes de voz, na qual vê o seu Google Assistant léguas atrás da rival Alexa, da Amazon. Responsável por popularizar o mercado de assistentes de voz, a Alexa, lançada em 2015, foi o grande nome da feira nos últimos dois anos, mesmo com a Amazon participando apenas dos bastidores da CES. Ao menos em Las Vegas, a investida pareceu dar certo: em estandes dedicados à casa conectada, Assistant e Alexa receberam atenção de tamanho semelhante à das fabricantes de dispositivos, sejam elas empresas tradicionais ou startups buscando espaço no mercado. Mudanças. A rivalidade entre Google e Amazon na CES de 2018 mostra uma transição na feira de Las Vegas, se distanciando da época em que empresas como Microsoft, nos anos 90, e Apple, na última década, eram os nomes mais comentados do evento, graças à relevância do Windows e do iPhone. “Há alguns anos, o grande lançamento da CES era um computador mais leve. Era interessante, mas não fascinante”, avalia Greg Roberts, diretor da consultoria Accenture. “Hoje, já não falamos mais tanto de produtos, mas de ideias que podem mudar significativamente nossas vidas. A questão é que elas aparecerão em torno de parcerias e ecossistemas, algo não tão atraente para o público.”

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