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Presidente do Conselho da Telefônica renuncia após 16 anos

Vice-presidente, José María Alvarez-Pallete deve assumir; empresa se reúne no dia 8 para confirmar decisão

Por Agências
Atualização:

Reuters

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O presidente do Conselho de Administração da espanhola Telefônica, Cesar Alierta, renunciará após 16 anos no cargo. Ele será substituído pelo seu vice, José María Álvarez-Pallete, declarou ontem a companhia em um comunicado, buscando abrir uma nova era de crescimento digital.

“Sob a presidência de César Alierta, a Telefónica passou de um lugar de destaque no setor das telecomunicações na Espanha e na América Latina, para se tornar líder em seus principais mercados estratégicos: Brasil, Alemanha, Espanha e América Latina”, diz o comunicado.

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Alierta, que assumiu o cargo em 2000 com o estouro da bolha do setor de tecnologia, recebeu o crédito de transformar o antigo monopólio em uma gigante de telecomunicações com presença global.

Durante seu mandato, a Telefónica foi a primeira empresa espanhola a chegar à marca de 100 bilhões de euros em valor de mercado, em 2007. Hoje, a empresa vale cerca de 48 bilhões de euros, uma vez que a companhia passou os últimos anos vendendo ativos e reduzindo seu alto endividamento.

Com 70 anos, Alierta permanecerá com um assento no conselho da Telefônica, cujo conselho se reunirá no próximo dia 8 de abril para discutir a indicação de Álvarez-Pallete, de 52 anos, como novo presidente.

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Em seus 16 anos à frente da Telefônica, Cesar Alierta foi o responsável por mais de US$ 100 bilhões em aquisições, que transformaram a Telefônica em uma das principais operadoras do mundo, expandindo-se para países como Alemanha e Reino Unido.

Novo chefe. Funcionário da Telefônica desde 1999 e membro do conselho da operadora espanhola desde 2006, Pallete é o vice de Alierta desde 2012 e é o principal homem por trás da estratégia da empresa para se transformar em um dos principais competidores digitais do mundo. Para isso, Pallete aposta em investimentos em redes de internet de altíssima velocidade e em conteúdo premium de televisão, o que tem ajudado o grupo a voltar a crescer.

O Brasil está entre os principais desafios de Pallete em seus primeiros meses, caso a Telefônica confirme sua ascensão ao cargo de presidente do Conselho. A operação da empresa no País – sua segunda maior no mundo – têm tido obstáculos como o aumento da competitividade local e a queda do real face ao euro nos últimos meses, o que reduz as receitas da empresa.A Telefônica é a principal operadora europeia a investir no mercado latino-americano, onde é a líder ou a vice-líder em boa parte dos mercados.

A saída de Alierta acontece no mesmo período em que outra operadora europeia com forte presença no País também anuncia troca de comando: Marco Patuano, presidente da Telecom Italia, que controla a TIM, renunciou a seu posto na última semana. / AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

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