Em breve, você poderá pegar uma carona com ajuda do Waze aqui no Brasil – segundo o jornal norte-americano Wall Street Journal, o Google está estudando a expansão do Waze Carpool, serviço de compartilhamento de carros, para regiões dos Estados Unidos e da América Latina nos próximos meses.
Ao contrário do Uber, em que motoristas cobram por viagens como um táxi, o Waze Carpool deixará seus usuários apenas dividirem o custo da viagem: um motorista que anda com o carro vazio poderá pegar passageiros pelo caminho e rachar com eles gastos com gasolina e pedágio, por exemplo. O Google não é o primeiro a fazer isso: o francês BlaBlaCar aposta nisso, apenas para viagens intermunicipais, enquanto o Moovit tem testado sistema semelhante em Israel.
Segundo Noah Bardin, chefe do Waze, hoje o sistema do Waze Carpool está sendo testado em Israel e na região de São Francisco, nos Estados Unidos. Mesmo sem oferecer o mesmo tipo de serviço, porém, a nova plataforma pode ser um concorrente à altura para o Uber, antigo aliado do Google.
Para Bardin, o maior desafio é convencer as pessoas que a carona a um desconhecido pode ser algo benéfico. "Será que conseguiremos que o motorista médio dê carona a alguém em seu caminho para o trabalho?", se questiona o executivo.
O preço entre os serviços também é uma diferença. Uma viagem entre Oakland e San Francisco, por exemplo, custa US$ 4,50 no Waze Carpool – a mesma corrida, na modalidade mais barata do Uber, custa cerca de US$ 11.
Uma viagem de metrô para o mesmo trecho é cerca de US$ 3,45. Cada milha (1,66 km) custa cerca de US$ 0,54, e é possível que o Waze taxe 15% do motorista pelo trabalho de encontrar caronas para ele.
Vale lembrar que o Waze Carpool também é uma maneira de ajudar o Waymo, divisão de carros autônomos do Google, que pode, no futuro, ser utilizada para rodar um serviço semelhante ao de táxis e do Uber.