Startup de educação Descomplica levanta R$ 54 milhões em novo aporte

Fundada em 2012 pelo professor de física Marco Fisbhen, startup cresceu como 'Netflix do Enem' e agora mira concursos públicos e cursos universitários

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Por Bruno Capelas
Atualização:
Descomplica, criado pelo professor de física Marco Fisbhen, agora mira a OAB Foto:

A startup brasileira de educação Descomplica anunciou nesta sexta-feira, 9, que levantou R$ 54 milhões em uma nova rodada de investimentos, liderada pelo fundo americano Invus Opportunities. Fundada em 2012 pelo professor de física Marco Fisbhen, a empresa fluminense é uma espécie de “Netflix do Enem”, com milhares de aulas gravadas e transmissões ao vivo à disposição dos alunos que prestam o Exame Nacional do Ensino Médio e outros vestibulares. Com os novos recursos, a empresa pretende expandir suas operações. 

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“Queremos acompanhar o aluno em diferentes fases da vida”, explica Fisbhen, em entrevista ao Estado. Isso significa investir em aulas com conteúdos do Ensino Médio, bem como matérias de cursos de graduação e pós-graduação universitária e material voltado para quem presta exames específicos, como o da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), ou concursos públicos. 

Para isso, a empresa deve dobrar de tamanho nos próximos meses, saltando de 200 funcionários para 400 pessoas até o fim de 2019. “A expansão será tanto em professores como na área de tecnologia”, diz o empreendedor, que trocou as salas de aula pela frente das câmeras para criar o Descomplica. 

De lá para cá, a empresa já captou mais de R$ 100 milhões em investimentos. Hoje, 5 milhões de pessoas assistem aulas pela plataforma todos os meses – a empresa, porém, não abre o percentual de usuários que pagam pelo seu conteúdo, em mensalidades que variam entre R$ 20 e R$ 40 por mês. 

Consolidação. Além da expansão de seus serviços, a Descomplica também considera fazer algumas aquisições no mercado brasileiro com os recursos levantados nesta rodada de investimentos. “Devemos fazer compras tanto no mercado de educação quanto no de startups de tecnologia”, diz o executivo. O primeiro passo nesse sentido foi dado ainda em 2016, quando a empresa adquiriu, por valores não revelados, o curso preparatório Master Juris, voltado para OAB e concursos públicos.

Para o executivo, a rodada de investimento lhe dá força perante a concorrência – seja de outras startups de educação ou de grandes grupos educacionais que tentam se modernizar. “Temos mais time e mais capital que as outras startups, mas mantemos a agilidade perto das empresas tradicionais”, diz. 

Na visão de Fisbhen, o momento é de otimismo. “Conseguimos bater nossas metas durante a crise econômica, porque oferecemos um modelo acessível de estudo, seja no preço ou na falta de necessidade do aluno precisar se deslocar”, diz. “Agora, vamos crescer muito mais.” 

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