Startup Ubook recebe aporte de R$ 3,2 milhões

Com 2 milhões de usuários registrados, a Ubook oferece uma biblioteca de audiolivros de mais de 10 mil títulos por meio de uma assinatura

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Por Bruno Capelas
Atualização:
Para Sales, cofundador do Ubook, audiolivro traz comodidade Foto: FOTO DANIEL TEIXEIRA/ESTADAO

A startup brasileira Ubook recebeu nesta semana sua segunda rodada de investimentos, liderada pelo fundo Cypress M3. A empresa conseguiu arrecadar R$ 3,2 milhões. Com 2 milhões de usuários registrados, a Ubook oferece uma biblioteca de audiolivros de mais de 10 mil títulos por meio de uma assinatura, em uma espécie de “Netflix dos livros”. O aporte foi revelado com exclusividade ao Estado.

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Segundo Flávio Osso, presidente executivo e sócio-fundador da Ubook, os recursos serão utilizados para “ajudar o Ubook a ganhar escala e começar a expansão internacional da empresa”. Segundo o executivo, 10% da base de usuários do Ubook está na América Latina.

O mercado de audiolivros ainda é um segmento pouco explorado no País, mas com potencial: enquanto nos Estados Unidos o negócio gerou US$ 1,77 bilhão em 2015, no Brasil trata-se de uma área que nunca teve grandes sucessos – à exceção dos CDs gravados pelo locutor Cid Moreira lendo a Bíblia.

“As editoras não investiam porque era estranho comprar um CD com um livro”, comenta Leonardo Sales, diretor de operações do Ubook. “Hoje, o usuário pode ouvir o audiolivro no smartphone enquanto está no trânsito ou no transporte público”, diz Sales.

Para superar a desconfiança das editoras, a startup também investe em estúdios para a gravação dos audiolivros – hoje, a Ubook tem quatro estúdios no País, com uma rede de mais de cem colaboradores, entre narradores e engenheiros de som. “Queremos ser complementares, e não substitutos do livro”, diz Sales. A assinatura mensal do serviço custa R$ 24,90 – há planos especiais para clientes de operadoras móveis.

Rivalidade. O aporte feito no Ubook também servirá para a empresa se antecipar à chegada de uma gigante ao Brasil: conforme adiantou o Estado em janeiro, a Amazon negocia com editoras a chegada do Audible, seu serviço de audiolivros. 

O Audible tem um modelo de negócios diferente do Ubook: por US$ 15 ao mês, o usuário ganha créditos para comprar um ou dois livros por mês. Para Osso, a chegada da empresa é bem-vinda. “A chegada da Amazon vai ajudar a construir o mercado e mostrar para as editoras que vale a pena investir em audiolivros.”

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