Os motoristas de táxi de Istambul entraram com uma ação judicial pedindo que o Uber não opere mais no país. No processo, os taxistas alegam que o aplicativo põe em perigo “seus meios de subsistência”. Caso a corte decida dar causa ganha aos motoristas, o país pode ingressar na crescente lista das nações que proíbem o funcionamento do Uber como Dinamarca e Hungria.
Na ação judicial, os taxistas acusam motoristas do Uber de fornecerem um serviço de táxi sem licença. Assim como em outros países, os taxistas dizem que precisam pagar altas taxas -- como as placas licenciadas cuja matrícula custa US$ 385 mil -- ao contrário dos motoristas de aplicativos.
Apesar de funcionar no país há quatro anos, o clima de tensão tem esquentado nos últimos meses. Em Istambul, cidade com 15 milhões de pessoas, motoristas de Uber tem relatado ameaças e espancamentos, supostamente cometidos por motoristas de táxis. De outro lado, os taxistas alegam que os incidentes são encenados pelos motoristas rivais para influenciar a opinião pública e moldar o resultado do processo judicial.
Nas redes sociais, grupos de usuários tem se manifestado favorável ao Uber viralizando publicações com as hashtags #idontusetaxis (eu não uso taxi) e #donttouchuber (não toque no Uber). Nas publicações, os usuários alegam que estão cansados da condução imprudente, rotas tortuosas e inflexíveis e do constante cheiro de cigarro dentro dos táxis.
“Até hoje, os motoristas de táxi escolheram passageiros”, disse um usuário em uma postagem na internet criticando a postura de motoristas de táxi que não aceitam viagens curtas, mesmo para mulheres grávidas. “Agora queremos escolher nossos meios de transporte. #donttouchuber.”, completou.
Em nota, o Uber disse que não pode comentar o processo, que segue em julgamento, mas que acompanha a movimentação e dá todo o suporte possível aos motoristas. A próxima audiência está marcada para junho deste ano.