A operadora TIM anunciou nesta quinta-feira, 8, que sua cobertura da rede de telefonia móvel 4G já está presente em mil cidades brasileiras. O milésimo município, Fernando de Noronha, recebeu a cobertura da empresa nesta quinta, durante evento de final de ano com a imprensa realizado pela operadora na capital paulista.
Segundo Leonardo Capdeville, diretor de tecnologia da italiana, a meta é encerrar o ano de 2016 com cerca de 1,2 mil cidades cobertas, atingindo pouco mais de 72% da população urbana do Brasil. Para o ano que vem, a meta da operadora é de atingir 2 mil municípios, com 90% da população urbana do Brasil. “Será uma média de 3 municípios novos todos os dias”, anunciou Capdeville.
Com a expansão, a TIM segue tendo o maior número de cidades cobertas com redes 4G no País. Segundo levantamento feito pela consultoria Teleco, especializada no setor, a Claro tem hoje 383 cidades com 4G, na vice-liderança; a Vivo tem 244 municípios, enquanto as redes de 4G da Oi abrangem 147 cidades.
“2016 foi um ano de muito trabalho para nós, com desenvolvimento de infraestrutura e mudanças nos nossos resultados financeiros”, destacou o presidente executivo da empresa no País, o italiano Stefano De Angelis. O executivo é uma das principais mudanças na TIM este ano – até maio, a empresa era liderada pelo brasileiro Rodrigo de Abreu.
Para De Angelis, é positiva a evolução do projeto de lei 3453 no Congresso, pois sinaliza que o governo está atento às necessidades da indústria de telecomunicações. "Isso demonstra que há boa vontade das instituições, tanto do governo quanto da Anatel, em favorecer o contexto de desenvolvimento do setor", disse há pouco o executivo em almoço com a imprensa.
O projeto permite que a Anatel mude o regime de telefonia fixa no País de concessão para autorização, liberando as teles de cumprir determinadas obrigações em troca de investimentos em banda larga.
A medida favorece as empresas concessionárias de telefonia fixa Oi, Telefônica e Embratel. A TIM fica de fora, pois opera somente por autorização, não por concessão.
Apesar do favorecimento aos concorrentes, De Angelis minimiza esse efeito e nega que a mudança nas regras crie insegurança jurídica para o setor. "Esse é um tema que vem sendo discutido há muito tempo pelo setor. E agora foi antecipado claramente por conta da situação da Oi", observou.
Na sua avaliação, o projeto de lei dá mais clareza para o futuro das empresas e resolve um problema que estouraria em 2025, data de encerramento dos atuais contratos de concessão.
O presidente da TIM avaliou também que o governo esta sensível à necessidade de consolidação da indústria de telecomunicações de modo que as empresas tenham saúde financeira suficiente para fazer frente aos investimentos no desenvolvimento das redes e atender a demanda da crescente do tráfego de dados.
No entanto, acredita que o governo só aceitaria a consolidação desde que fossem mantidas ao menos três empresas na prestação dos serviços de telefonia. "Acho que está mensagem do governo está bastante clara", comentou.