TIM estende cobertura 4G para mil cidades no País

Empresa alcançou marca nesta quinta-feira, 8, ao lançar rede em Fernando de Noronha; meta é expandir para 2 mil cidades até o final de 2017

PUBLICIDADE

Foto do author Circe Bonatelli
Por Bruno Capelas e Circe Bonatelli (Broadcast)
Atualização:
Stefano de Angelis, presidente executivo da TIM no Brasil, durante a Futurecom Foto:

A operadora TIM anunciou nesta quinta-feira, 8, que sua cobertura da rede de telefonia móvel 4G já está presente em mil cidades brasileiras. O milésimo município, Fernando de Noronha, recebeu a cobertura da empresa nesta quinta, durante evento de final de ano com a imprensa realizado pela operadora na capital paulista. 

PUBLICIDADE

Segundo Leonardo Capdeville, diretor de tecnologia da italiana, a meta é encerrar o ano de 2016 com cerca de 1,2 mil cidades cobertas, atingindo pouco mais de 72% da população urbana do Brasil. Para o ano que vem, a meta da operadora é de atingir 2 mil municípios, com 90% da população urbana do Brasil. “Será uma média de 3 municípios novos todos os dias”, anunciou Capdeville. 

Com a expansão, a TIM segue tendo o maior número de cidades cobertas com redes 4G no País. Segundo levantamento feito pela consultoria Teleco, especializada no setor, a Claro tem hoje 383 cidades com 4G, na vice-liderança; a Vivo tem 244 municípios, enquanto as redes de 4G da Oi abrangem 147 cidades. 

“2016 foi um ano de muito trabalho para nós, com desenvolvimento de infraestrutura e mudanças nos nossos resultados financeiros”, destacou o presidente executivo da empresa no País, o italiano Stefano De Angelis. O executivo é uma das principais mudanças na TIM este ano – até maio, a empresa era liderada pelo brasileiro Rodrigo de Abreu. 

Para De Angelis, é positiva a evolução do projeto de lei 3453 no Congresso, pois sinaliza que o governo está atento às necessidades da indústria de telecomunicações. "Isso demonstra que há boa vontade das instituições, tanto do governo quanto da Anatel, em favorecer o contexto de desenvolvimento do setor", disse há pouco o executivo em almoço com a imprensa.

O projeto permite que a Anatel mude o regime de telefonia fixa no País de concessão para autorização, liberando as teles de cumprir determinadas obrigações em troca de investimentos em banda larga.

A medida favorece as empresas concessionárias de telefonia fixa Oi, Telefônica e Embratel. A TIM fica de fora, pois opera somente por autorização, não por concessão.

Publicidade

Apesar do favorecimento aos concorrentes, De Angelis minimiza esse efeito e nega que a mudança nas regras crie insegurança jurídica para o setor. "Esse é um tema que vem sendo discutido há muito tempo pelo setor. E agora foi antecipado claramente por conta da situação da Oi", observou.

Na sua avaliação, o projeto de lei dá mais clareza para o futuro das empresas e resolve um problema que estouraria em 2025, data de encerramento dos atuais contratos de concessão.

O presidente da TIM avaliou também que o governo esta sensível à necessidade de consolidação da indústria de telecomunicações de modo que as empresas tenham saúde financeira suficiente para fazer frente aos investimentos no desenvolvimento das redes e atender a demanda da crescente do tráfego de dados.

No entanto, acredita que o governo só aceitaria a consolidação desde que fossem mantidas ao menos três empresas na prestação dos serviços de telefonia. "Acho que está mensagem do governo está bastante clara", comentou. 

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.