Travis Kalanick diz que processo de investidores é ataque 'pessoal e público'

Ex-presidente executivo do Uber respondeu acusações de fundo de capital de risco Benchmark, que entrou com processo contra ele e a empresa na semana passada

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Por Agências
Atualização:
Travis Kalanick, o ex-presidente executivo do Uber, sabia do pagamento de US$ 100 mil a hackers Foto: Julie Glassberg/NYT

O ex-presidente executivo do Uber, Travis Kalanick, se pronunciou pela primeira vez nesta quinta-feira, 17, sobre o processo judicial movido pela Benchmark Company, fundo de capital de risco que foi um dos primeiros investidores da empresa de caronas pagas. Para Kalanick, o processo, apresentado na semana passada, é um ataque "público e pessoal" sem mérito, de acordo com documentos apresentados ao tribunal na noite de quinta-feira. 

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A empresa de capital de risco Benchmark Capital, que diz ter 13% do Uber e controlar 20% do poder de voto, entrou com um processo na semana passada contra o ex-presidente-executivo da empresa Travis Kalanick para forçá-lo a deixar o conselho de administração, onde ele ainda tem um assento e revogar o poder que ele ainda detém.

Kalanick, no primeiro documento judicial em resposta ao processo, disse que a ação legal da Benchmark faz parte de um esquema maior para expulsá-lo da empresa que ele ajudou a fundar e tira o poder que é legitimamente seu. Ele também argumentou que a disputa legal deveria ser conduzida em meio a um processo de arbitragem e que a Corte de Chancelaria de Delaware, onde o processo foi apresentado, não tem jurisdição.

Está em questão uma mudança na estrutura do conselho realizada em 2016, que ampliou em três o número de diretores com direito a voto e garantiu a Kalanick o direito exclusivo de preencher esses assentos.

No processo, a Benchmark disse que Kalanick escondeu do conselho uma série de crimes, incluindo alegações de roubo de segredos comerciais envolvendo tecnologia de veículos autônomos. Além disso, alega má conduta de Kalanick e outros executivos em lidar com um estupro cometido por um motorista do Uber na Índia, quando pediu que o conselho do Uber lhe desse os assentos extra.

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