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Twitter perde cinco executivos na maior mudança desde volta de Dorsey

Chefe do Vine e executivos das áreas de engenharia, mídias sociais, produtos e recursos humanos deixam a empresa

Por Bruno Capelas
Atualização:

Reuters

 

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O Twitter afirmou nesta segunda-feira, 25, que quatro executivos vão deixar a companhia. Em seu perfil na rede social, o presidente-executivo da empresa, Jack Dorsey afirmou que os vice-presidentes Alex Roetter (engenharia), Skip Schipper (recursos humanos), Katie Stanton (mídias sociais) e Kevin Weil (produtos) deixarão o Twitter. Além dos quatro, o chefe do Vine Jason Toff, serviço de vídeo que também pertence à empresa, declarou no último domingo, 24, que estava deixando a empresa para se juntar ao Google em pesquisas de realidade virtual.

Segundo Dorsey, o anúncio foi feito para lidar com “rumores imprecisos” que estavam circulando na imprensa. Por enquanto, o vice-presidente de operações da empresa, Adam Bain, cuidará interinamente do time de recursos humanos, da parte de mídia e da área de produtos. Já o vice-presidente da área técnica da empresa, Adam Messinger, cuidará da parte de engenharia da plataforma.

Leia também:Com queda nas ações do Twitter e Square, Jack Dorsey deixa de ser bilionárioPara crescer mais rápido, Twitter tenta receber melhor os novatos

De acordo com fontes familiares com a empresa, o Twitter pode ainda anunciar novas mudanças na sua área de liderança nos próximos dias – incluindo um novo vice-presidente de marketing e, possivelmente, dois novos membros para o Conselho de Administração.

É um golpe duro para Dorsey, que recentemente deixou o clube dos bilionários com a desvalorização do Twitter: desde que o cofundador retornou ao cargo de presidente-executivo da rede social, em outubro de 2015, as ações da empresa caíram mais de 50%. Atualmente, as ações estão sendo negociadas por um preço abaixo do que foi oferecido na oferta pública inicial de ações da empresa, no final de 2013.

Em sua volta ao Twitter, Dorsey luta para fazer os investidores acreditarem que a empresa pode se tornar lucrativa e capaz de ganhar dinheiro com publicidade na rede, em um setor que hoje é dominado por empresas como Google e Facebook. Desde sua volta, Dorsey demitiu mais de 300 funcionários, contratou o ex-executivo do Google Omid Kordestani como presidente do coselho e lançou o Moments, função que tenta reunir o melhor do conteúdo do Twitter em linhas do tempo específicas, dando as notícias e novidades mais quentes do momento.

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Outra dificuldade de Dorsey é fazer a empresa retomar um ritmo de expansão crescente: hoje, o Twitter tem cerca de 300 milhões de usuários ativos mensalmente, e foi ultrapassado nos últimos anos por redes sociais como o Instagram, que tem 400 milhões de usuários. Para analistas, a expansão do Twitter tem sido lenta porque a rede é considerada “difícil” por muitos usuários novatos.

/ COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

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