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Twitter dá lucro pela primeira vez e anima investidores, mesmo sem crescer

Empresa ganhou US$ 91,1 milhões no quarto trimestre de 2017, mas ficou parada em 330 milhões de usuários, sem crescimento na comparação com o período exatamente anterior

Por Agências
Atualização:
Empresa teve lucro de US$ 91,1 milhões graças a anúncios de vídeo e animou investidores Foto: AP/Matt Rourke

Pela primeira vez na história, o Twitter apresentou lucro em um período trimestral de atividades: entre outubro e dezembro de 2017, a empresa teve ganhos de US$ 91,1 milhões – no mesmo período do ano anterior, a companhia teve prejuízos de US$ 167 milhões. O movimento foi impulsionado pelo aumento de anúncios em vídeo na rede social e animou os investidores: neste momento, as ações do Twitter operam com alta de 21% antes da abertura do pregão da bolsa de valores de Nova York, sendo negociadas em torno de US$ 34. 

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A possibilidade de ter lucro pela primeira vez já havia sido antecipada pelo Twitter no balanço do terceiro trimestre, publicado no final de 2017. Agora, a companhia disse que espera ser lucrativa por todo o ano fiscal de 2018. 

A empresa, no entanto, não conseguiu aumentar seu número de usuários nos últimos três meses, ficando estagnada em 330 milhões de contas ativas mensalmente. A expectativa dos analistas era de que o Twitter crescesse 0,8% na comparação com o terceiro trimestre de 2017, chegando a 332,5 milhões de usuários. 

Combate. Segundo o Twitter, o não-crescimento acontece devido ao combate ativo que tem feito para encerrar contas falsas e abusivas – nas últimas semanas, a rede social tem sido duramente criticada, após reportagem do New York Times revelar esquemas de criação de contas falsas e aumento do número de seguidores por celebridades. Nos EUA, seu principal mercado, a rede perdeu público, caindo de 69 milhões para 68 milhões de usuários. 

O número de usuários é uma das principais métricas do mercado para avaliar o potencial de uma empresa faturar com publicidade – inicialmente, a expectativa dos investidores era de que o Twitter, cheio de contas de celebridades, atletas e políticos, pudesse disputar este setor com Google e Facebook, o que não aconteceu. Hoje, o Facebook tem 2,1 bilhões de usuários, enquanto o Snapchat tem 187 milhões de usuários ativos diariamente. 

Nos últimos dois anos, desde que o cofundador Jack Dorsey reassumiu o comando do Twitter, a rede social tem passado por uma série de alterações importantes – a principal delas aconteceu no ano passado, quando a rede expandiu seu limite de caracteres em uma mensagem de 140 toques para 280 toques. O Twitter tem ainda lutado para reduzir o assédio a mulheres e minorias na plataforma e fechado acordos para transmissões ao vivo. 

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