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Uber vai pagar US$ 245 mi ao Google em acordo por roubo de tecnologia

Waymo, divisão de veículos sem motorista do Google, estava processando o Uber por roubar segredos de tecnologia de sensores usada em carros autônomos; julgamento iniciado nessa semana foi cancelado

Por Redação Link
Atualização:
A Waymo pedia US$ 1,9 bilhão em indenizações, mas ficou apenas com US$ 245 milhões Foto: AP/Eric Risberg

O Uber e a Waymo, divisão de carros autônomos da Alphabet, holding que controla o Google, anunciaram nesta sexta-feira, 9, que chegaram a um acordo no caso em que o empresa de aplicativo de carona paga é acusada de roubar tecnologias para veículos sem motoristas da rival. Com isso, o julgamento que buscava decidir se houve o roubo ou não foi cancelado por um tribunal de São Francisco. 

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Segundo confirmou um porta-voz da Waymo, o Uber concordou em dar 0,34% de suas ações à rival como forma de indenização. Os papéis são avaliados em cerca de US$ 245 milhões. No ano passado, ao entrar com o processo, a Waymo estimou em US$ 1,9 bilhão os danos causados pelo suposto roubo. O Uber não comentou o valor pago. 

O acordo inclui um compromisso do Uber para garantir que "nenhuma tecnologia da Waymo está sendo utilizada no hardware e no software do Uber", disse um porta-voz da divisão de carros autônomos da Alphabet. 

Já o presidente executivo do Uber, Dara Khosrowshahi, se posicionou sobre o assunto. "Enquanto não acredito que segredos comerciais da Waymo tenham sido passados para o Uber ou que tenhamos usado qualquer informação intelectual da Waymo em nossa tecnologia de carros autônomos, estamos tomando medidas para garantir à Waymo que nossa tecnologia de sensores Lidar representa apenas o nosso bom trabalho."

Entenda o caso. O processo entre Waymo e Uber se arrasta há mais de um ano. A acusação principal é a de que Anthony Levandowski, que chegou a liderar o projeto de carro autônomo do Uber no ano passado, roubou 14 mil arquivos antes de deixar seu posto na Waymo, em dezembro de 2015. 

O julgamento, cancelado hoje, estava previsto para novembro do ano passado, mas foi adiado porque o Uber não entregou uma das principais provas, uma carta escrita pelo ex-analista de segurança da empresa de caronas, Richard Jacobs, à Justiça.

Na carta, o ex-funcionário do Uber disse que a equipe de segurança tem funcionários “com a finalidade de adquirir segredos comerciais, códigos e inteligência competitiva”, e uma segunda equipe que “frequentemente se envolve em fraude e roubos”. 

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