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União Europeia pode multar Facebook em mais de US$ 270 milhões

Rede social mais popular do mundo teria entregado informações enganosas para conseguir aprovação para aquisição do aplicativo de mensagens instantâneas WhatsApp

Por Agências
Atualização:
Rede social pode ser multada por omitir informações durante pedido de autorização de aquisição do WhatsApp Foto: Regis Duvignau/Reuters

O Facebook está prestes a ser multado por reguladores antitruste da União Europeia por supostamente fornecer dados enganosos ligados à aquisição da WhatsApp há três anos, segundo fontes próximas ao assunto. Se condenada, a empresa pode ter que pagar uma multa que pode chegar a US$ 276 milhões ou 1% de seu faturamento global, considerando a receita em 2016. A Comissão Europeia se manifestará após uma investigação de seis meses e espera-se que seja um duro aviso para outras empresas que enfrentam problemas semelhantes. A União Europeia e o Facebook não comentaram o assunto.

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Durante o escrutínio regulatório do acordo do WhatsApp, em 2014, o Facebook disse ao órgão da União Europeia que não tinha como saber seguramente qual era o número de usuários do aplicativo de mensagens instantâneas. Posteriormente, a Comissão considerou que era tecnicamente possível obter a informação naquele momento. Os reguladores se reuniram esta semana sobre o caso e uma decisão pode ser anunciada até a próxima semana.

A Comissária Europeia da Concorrência, Margrethe Vestager, afirmou em março que um pequeno grupo de empresas pode ter fornecido informações enganosas quando procurou obter a aprovação das suas fusões.

Se confirmada, a multa dada pela União Europeia será adotada após outra penalidade no valor de 150 mil euros ao Facebook, emitida na última terça-feira por um órgão francês de fiscalização de dados. Neste caso, a empresa é acusada de não ter impedido que os dados dos usuários fossem acessados ​​por anunciantes. Autoridades antitruste italianas aplicaram multa de 3 milhões de euros no WhatsApp na semana passada, porque a empresa supostamente obrigava os usuários a concordar em compartilhar dados pessoais com o Facebook.

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