Waymo desiste da maioria das ações contra o Uber por roubo de patente 

Divisão de carros autônomos do Google fechou acordo com o aplicativo de transportes e reduziu número de casos em aberto, desde que Uber cesse desenvolvimento

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Por Redação Link
Atualização:
John Krafcik, diretor executivo da Waymo, unidade de carros autônomos da Alphabet, que controla o Google. Foto: Brett Carlsen/NYT

A Waymo, divisão de carros autônomos da Alphabet, holding que controla o Google, e o Uber chegaram a um acordo nesta sexta-feira, 7, em sua longa batalha jurídica: a Waymo vai retirar a maioria das acusações de roubo de patentes da Justiça, contanto que o Uber prometa que não vai reiniciar o desenvolvimento dos sensores de posicionamento que utilizam a tecnologia que estão no cerne do caso. 

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As acusações de roubo de patente, no entanto, são apenas uma parte da disputa legal entre as duas empresas, iniciada em agosto de 2016, e tornada pública em fevereiro deste ano. A principal acusação recai sobre Anthony Levandowski, ex-engenheiro do Google que fundou uma startup de caminhões autônomos, a Otto, comprada pelo Uber por US$ 680 milhões no ano passado. Antes de sair do Google, porém, Levandowski teria roubado 14 mil arquivos confidenciais da empresa. 

O passo tomado hoje, portanto, é apenas mais um capítulo da batalha – em maio, a Waymo já havia desistido de diversas acusações, depois que uma de suas testemunhas revelou que os dispositivos usados pelo Uber em carros autônomos não infringiam as patentes da empresa. 

Para as duas companhias, o acordo desta sexta-feira é uma vitória – para o Uber, é um sinal de que a Waymo ladra, mas não morde. "Agora, eles admitem que a nossa tecnologia de sensores é bem diferente da deles". Já a Waymo comemora o fato de que o Uber aceitou parar o desenvolvimento de um de seus sensores anteriores para manter o acordo de pé. "Ainda vamos manter uma acusação contra o dispositivo usado atualmente pelo Uber e contra o roubo de nossas tecnologias", disse um porta-voz da empresa. 

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