A Samsung revelou na noite deste domingo, 22, o motivo que causou os acidentes, explosões e incêndios com o celular Galaxy Note 7: duas falhas na construção e posicionamento das baterias.
O anúncio foi feito em evento realizado na sede da empresa na Coreia do Sul e transmitido ao vivo pela internet. Lançado em agosto de 2016, o Note 7 foi retirado do mercado em outubro, após um recall mal sucedido de 2,5 milhões de unidades em setembro d0 ano passado.
Os problemas com o aparelho geraram um impacto severo nas contas da empresa. Segundo a própria Samsung, o fiasco do Galaxy Note 7 terá impacto negativo de US$ 5,1 bilhões em seu lucro operacional.
Falhas. Na primeira bateria, o problema aconteceu devido a um problema na fabricação de um fornecedor específico: no canto superior direito, o componente poderia se curvar e gerar um curto-circuito. Foram essas falhas que levaram ao primeiro recall do Galaxy Note 7.
A fim de recolocar o smartphone rapidamente no mercado, a Samsung apressou outro fornecedor de baterias, recebendo um lote que, graças a um defeito de fabricação, também poderia causar curtos-circuitos. “Espero que isso sirva como um aprendizado não só para nós, mas para toda a indústria, a respeito da segurança sobre baterias de íon-lítio”, disse DJ Koh, diretor da divisão de dispositivos móveis da empresa.
A investigação da Samsung envolveu 700 pessoas, 200 mil aparelhos e 30 mil baterias adicionais. Além da empresa, três empresas independentes – UL, Exponent e TUV Rheinland – participaram da pesquisa.
Além de demonstrar as causas dos problemas do Galaxy Note 7, a empresa também pediu desculpas aos consumidores, repetindo um discurso adotado em eventos recentes. Para analistas, a empresa precisa reconquistar a confiança de investidores e usuários em seus aparelhos. Para o primeiro trimestre, está prevista a chegada do Galaxy S8, novo aparelho topo de linha da empresa. / COM AGÊNCIAS