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Como o Galaxy S8 se sai na 'briga' com iPhone 7 e Moto Z

Entre os destaques do novo aparelho, tela e design são os mais importantes; câmera e preço, porém, podem ajudar usuários a decidir por modelos de concorrentes

Por Bruno Capelas
Atualização:
Galaxy S8, lançado no ano passado pela Samsung Foto: Richard Drew/AP Photo

O Galaxy S8, novo smartphone da Samsung, vai chegar ao Brasil em 12 de maio. Com preço a partir de R$ 4 mil, o aparelho chega para competir de igual para igual com dois bons nomes da concorrência: o iPhone 7, da Apple, e o Moto Z, da Lenovo – ambos foram lançados no final do ano passado e se destacaram como grandes aparelhos para o mercado premium.

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Anunciado no final de março pela Samsung, o Galaxy S8 é a chance da empresa se reerguer após o fracasso com as baterias do Galaxy Note 7, lançado no segundo semestre de 2016. Para superar o trauma, a empresa apostou em um design arrojado, com tela curva nas laterais, fazendo o aparelho parecer que quase não tem bordas. Além disso, o Galaxy S8 tem novidades como o assistente pessoal Bixby e um sensor de reconhecimento facial. Abaixo, veja como ele sai na briga de especificações com o iPhone 7 e o Moto Z.

Tela. Tamanho não é documento – e aqui, a avaliação depende do gosto de cada usuário. O Galaxy S8 é o “grandalhão” do trio, com tela de 5,8 polegadas – no entanto, elas são distribuídas em uma aparelho com formato mais retangular que os rivais. A se julgar pelas primeiras imagens, o crescimento do S8 não significa que o aparelho ficou desconfortável no manuseio.

O Moto Z está bem perto do Galaxy S8, com tela de 5,5 polegadas, enquanto cabe ao iPhone 7 o papel de “pequeno polegar” da turma, com tela de 4,7 polegadas. Além disso, vale dizer: o S8 também lidera em densidade de tela (o que deixa imagens mais nítidas), em uma média de 570 pixels por polegada (ppi), contra 535 ppi do Moto Z e 326 ppi do iPhone 7.

Um detalhe, porém, é que o iPhone conta com a tecnologia 3D Touch, que é capaz de perceber a diferença entre um simples toque ou uma “pressionada” mais forte do usuário na tela do celular.

Design. Smartphone premium não vive só boas especificações: também tem que ser bonito, para o usuário colocar em cima da mesa do bar e ostentar com os amigos. Além disso, nada melhor do que chamar atenção aos olhos do consumidor para superar o fracasso do Galaxy Note 7: é no design que está a principal mudança proposta pela Samsung.

Ambos têm telas “gigantes”: 5,8 polegadas no S8 e 6,2 polegadas no S8+, significativamente maiores que as usadas na última versão do aparelho (5,1 e 5,5 polegadas, respectivamente). Além disso, a partir dessa versão, ambos os modelos têm telas curvas nas duas laterais. É um atributo e tanto para o S8, que vem ainda com resistência à prova d'água, mas, ao contrário dos concorrentes, manteve a tradicional entrada de fone de ouvido de 3,5 milímetros. No Brasil, o aparelho estará disponível em três cores: preto, cinza e azul.

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É uma boa competição para o iPhone 7, que tem um corpo em estrutura única produzida em alumínio e mantém o status de “telefone grande e pesado”. Uma das principais novidades da versão, anunciada em setembro de 2016, foi o fim da entrada tradicional para fones de ouvido – tanto o aparelho da Apple como o Moto Z agora usam a entrada de energia (Lighting, no iPhone; USB-C no celular da Lenovo) para o som.

O aparelho da Apple está disponível no Brasil em seis cores: preto brilhante, preto fosco, prata, dourado, rosa dourado e a nova versão vermelha. Já o Moto Z tem versões bicolores, em preto/cinza, preto/rosa dourado, preto/dourado e branco.

O aparelho da Lenovo impressiona pela espessura: são apenas 5,19 milímetros, com acabamento em metal e vidro. Seu principal diferencial, porém, são os módulos que podem ser acoplados ao aparelho – há opções de câmera, bateria extra ou projetor, por exemplo. Ao adicionar os módulos, vale citar, o aparelho fica mais grosso e pesado. Tanto iPhone 7 como o Moto Z também tem resistência à prova d’água.

Desempenho. O Samsung Galaxy S8 chega ao Brasil turbinado com o processador Exynos de oito núcleos (nos EUA, a empresa optou por usar o Snapdragon 835). Já o Moto Z tem um Snapdragon 820, de quatro núcleos, um pouco inferior, enquanto o iPhone 7 usa o chip próprio A10, de 2,34 GHz com quatro núcleos.

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O aparelho da Apple, porém, é o que tem menos memória RAM dos três, com apenas 2 GB – contra 4 GB do Moto Z e do Galaxy S8. No entanto, é que por contar com uma integração mais forte entre hardware e software, feitos pela mesma empresa, o iPhone 7 não sente tanto a diferença na competição com os outros aparelhos.

Em termos de armazenamento, a discussão está mais no bolso do usuário do que nas especificações de cada aparelho – o armazenamento é o principal fator de diferenciação entre as versões dos smartphones. O Galaxy S8 chega ao Brasil com 64 GB de armazenamento, mas aceita cartão de memória de até 256 GB. O Moto Z, por sua vez, tem versões com 32 GB e 64 GB de espaço, mas também aceita cartão de memória até 256 GB – o que não acontece no iPhone. O aparelho da Apple tem três versões no mercado: 32 GB, 128 GB e 256 GB.

Bateria. Um aspecto em que o Galaxy S8 tem uma boa vantagem para seus concorrentes é a bateria: o aparelho chega ao mercado com uma carga de 3.000 mAh (miliampére/hora), contra 1.960 mAh do iPhone 7 e 2.600 mAh do Moto Z. A diferença, porém, não é simplesmente numérica, uma vez que o aparelho da Samsung tem uma tela maior que os rivais e recursos que prometem consumir bastante bateria, asssim como o assistente pessoal Bixby.

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Uma vantagem do aparelho da Lenovo, porém, é que um de seus módulos extra pode ser uma bateria, aumentando a capacidade de carga do smartphone – o módulo tem 2.220 mAh de carga, mas custa R$ 399 na loja oficial da Lenovo no Brasil.

Câmera. Um dos atributos mais importantes dos smartphones hoje em dia, a câmera foi um dos pontos menos inovadores do Galaxy S8 – a câmera traseira permaneceu com resolução de 12 megapixels, mas oferece agora tecnologia "dual pixel" que duplica a quantidade de pixels das fotos, tornando as imagens mais nítidas. É algo bastante semelhante ao que foi apresentado pela Apple no iPhone 7 e pela Lenovo no Moto Z – a principal diferença aqui é que o aparelho da Motorola tem câmera com resolução um pouco superior, com 13 megapixels.

Já a câmera frontal foi para 8 megapixels, com direito a foco automático inteligente – característica também presente nos outros dois aparelhos. Na câmera “das selfies”, a vantagem fica com a Samsung em termos de resolução: a lente frontal do iPhone tem 7 megapixels, enquanto a do Moto Z tem apenas 5 megapixels.

No que diz respeito a câmeras, porém, o Moto Z ainda tem um truque na manga: um de seus módulos, vendido a R$ 1,5 mil no Brasil, transforma o aparelho em uma câmera fotográfica Hasselblad, com direito a zoom óptico de 10 vezes.

Software. Enquanto o Galaxy S8 e o Moto Z usam o sistema Android (o aparelho da Samsung vem com a versão 7.0 Nougat pré-instalada, enquanto no Moto Z é necessário baixar para a nova versão após a compra), o iPhone 7 está com o iOS 10. Se em outros tempos a diferença de sistemas operacionais determinava acesso a aplicativos específicos (como o Instagram, por exemplo), hoje está muito mais relacionada a serviços de cada empresa – caso do iMessage, no iPhone, por exemplo – e preferências de interface.

Outra diferença entre os três aparelhos são os assistentes pessoais: o iPhone 7 tradicionalmente traz a Siri, sua assistente de voz, enquanto a Samsung aposta no novato Bixby para o S8 – a versão em inglês estará disponível no Brasil em junho, mas a versão em português ainda não tem data para ficar pronta. Já o Moto Z não conta com assistente pessoal, mas tem um recurso de auxílio por voz e customização de funções, o Moto Assist.

Preço. Talvez o principal fator em disputa para a preferência dos consumidores, o preço é um ponto determinante na competição. Nesse aspecto, o Galaxy S8 fica atrás dos concorrentes por trazer uma cotação mais salgada para o mercado brasileiro: seu preço base é de R$ 4 mil. Vendido desde novembro no Brasil, o iPhone 7 tem preço base de R$ 3,5 mil – caso o usuário queira a versão vermelha, vai ter de pagar um pouco mais: R$ 3,9 mil. O Moto Z, por sua vez, ganha pontos pelo custo-benefício: R$ 2,2 mil, na versão sem módulos vendida no site da fabricante.

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