iPhone 11, que nada: como podem ser os planos da Apple para o iPhone de 2020

Próxima geração de aparelhos, dizem analistas, pode ter compatibilidade com 5G, retorno do reconhecimento de impressão digital e até o fim do ‘entalhe’ na tela

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Por Bruno Capelas
Atualização:
Como será o amanhã?: iPhone de 2020 pode ganhar funcionalidades bem interessantes Foto: Justin Sullivan/AFP

Tem gente que gosta de viver no futuro: enquanto o mercado ainda espera a chegada às lojas dos três modelos de iPhone 11, revelados pela Apple nesta terça-feira, 10, já existe quem esteja pensando em como será o smartphone da empresa de Tim Cook no ano que vem. E há vários rumores interessantes, revelados por analistas como Ming-Chi-Kuo, da KGI Securities – uma das pessoas que mais acerta nas previsões de iPhone na indústria mundial. 

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Entre as principais novidades, o iPhone de 2020 – cujo nome “balão de ensaio” ainda é iPhone 12 – poderá ter compatibilidade com 5G, a tecnologia de conexão móvel de quinta geração que pode mudar o que entendemos por internet. Também pode ter o retorno do uso de reconhecimento de impressão digital, novas lentes na câmera e até uma mudança de design curiosa: o fim do “entalhe” ou “franja” na tela, deixando-a praticamente sem bordas. 

No texto a seguir, a reportagem do Link elenca os principais rumores sobre o iPhone de 2020 – se eles forem confirmados, pode ser o modelo mais inovador da Apple desde o iPhone X, introduzido em 2017. Quer saber quando o novo iPhone sai? Bem, tradicionalmente a Apple lança seus aparelhos na primeira quinzena de setembro. Em 2020, veremos quantas dessas previsões estavam certas. 

Três modelos, mas com design e tela diferentes

Segundo um relatório de Ming Chi-Kuo, a Apple deve manter três modelos de iPhone no ano que vem. Mas eles terão tamanhos diferentes: o modelo mais simples, em termos de configurações (como o iPhone XR e o iPhone 11) terá tela de 6,1 polegadas; já os modelos mais avançados (sucessores do iPhone 11 Pro e do iPhone 11 Pro Max) terão tela de 5,4 polegadas e 6,7 polegadas. 

Além disso, pode ser a primeira vez que os três modelos de iPhone oferecidos pela empresa de Tim Cook terão telas de OLED, de qualidade superior – nos últimos dois anos, apenas os dois modelos mais caros (vendidos a partir de US$ 1 mil no mercado americano) tinham essa tecnologia, enquanto o mais barato usava tela de LCD. 

O retorno do reconhecimento de impressão digital

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Cada escolha, uma renúncia. Em 2017, ao lançar o iPhone X, aparelho que tinha a tela “infinita”, quase sem bordas, a Apple teve de deixar para trás uma função favorita dos usuários: o sensor de reconhecimento de impressão digital, o Touch ID. Ele foi substituído pelo Face ID, um sistema de reconhecimento facial bem interessante. Mas há quem sinta falta de algo mais tátil – não à toa, a empresa manteve à venda o iPhone 8, último aparelho a ser lançado que ainda tinha o Touch ID. 

Em 2020, porém, a tecnologia de impressão digital pode retornar, com uma novidade: agora, será possível destravar o celular com o dedo, tocando dentro da tela. É algo que já foi feito por concorrentes como o Samsung Galaxy S10, mas a Apple sempre dá um jeito de fazer as coisas da sua própria maneira: segundo analistas, a diferença é que será possível tocar em qualquer lugar da tela, e não apenas em um espaço específico, como ocorre hoje no S10. 

Chip mais moderno e compatibilidade com 5G

Outra funcionalidade que já está presente nos celulares de marcas rivais em 2019, mas só deve dar as caras no iPhone em 2020 é a compatibilidade com o 5G. Não é à toa: nos últimos anos, a Apple só aderiu a certas tecnologias quando elas já estavam bem estabelecidas no mercado – e o 5G ainda engatinha, mesmo em mercados desenvolvidos como EUA, Europa e Coreia do Sul. 

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Hoje, o preço de chips e componentes necessários para fazer essa tecnologia funcionar encarece muitos celulares. No ano que vem, além de haver mais demanda para um smartphone que se conecte à nova rede, os componentes também estarão mais baratos – o que equilibraria o preço dos iPhones, celulares costumeiramente criticados por serem caros. 

De quebra, o novo iPhone também viria com um novo chip, chamado até aqui de A14, que teria uma novidade interessante: ele seria feito com transistores de 5 nanômetros, contra 7 nanômetros do iPhone 11 – e quanto menor o tamanho do transistor, maior a capacidade de processamento possível por espaço de silício. 

Câmera sempre é um dos pontos mais aguardados pelos usuários de iPhone Foto: Reuters/Stephen Lam

Câmera pode ter sensor 3D

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Para a maioria dos consumidores, a grande novidade do iPhone 11 Pro é mesmo a câmera de lente tripla – com um sistema que une uma angular, uma grande angular e uma teleobjetiva. Em 2020, um dos principais motivadores de compra do iPhone não deve parar por aí: segundo analistas, a previsão é de que o modelo do ano que vem traga uma quarta lente, como um sensor de profundidade/3D. 

É algo que já está presente em alguns celulares topo de linha neste ano, como o Huawei P30 Pro, da marca chinesa. Mas a Apple deve usá-lo de forma diferente: além de intensificar a qualidade de fotos no modo Retrato, o sensor de profundidade também pode ajudar na aplicação da tecnologia de realidade aumentada, com a qual a fabricante de Cupertino tem flertado há alguns anos – popularizada, ainda que de forma muito suave, pelo jogo Pokémon Go, a tecnologia tem potencial para revolucionar diversos mercados, da saúde à educação, passando, claro, pelo entretenimento. 

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