Link Lab: Na quinta geração, Moto G melhora design, mas derrapa na câmera

Smartphone que se consagrou como uma das opções com melhor custo e benefício está à venda no mercado por R$ 1 mil

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Por Redação
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A linha Moto G surgiu cinco anos atrás com um conceito simples: oferecer uma boa configuração de hardware, uma câmera razoável e um bom desempenho por um preço justo. Na sua quinta geração, chamada de Moto G5, o smartphone chegou ao Brasil com preço de R$ 1 mil em sua versão mais básica. Podemos dizer que algumas das premissas de custo e benefício do aparelho continuam válidas. Mas ao criar versões diferentes do aparelho com o mesmo nome, a ideia original se perdeu um pouco. Confira, abaixo, a análise sobre os principais pontos do novo dispositivo:

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Design. O Moto G5 tem um corpo com acabamento em alumínio, ao contrário de versões anteriores do aparelho que apresentavam acabamento em plástico na parte traseira. O alumínio ajudou a deixar o aparelho mais leve, mas por ser muito diferente do acabamento de aparelhos premium, não provocou o efeito esperado, de tornar o Moto G mais sofisticado. Ele tem dimensões que cabem bem para uso com uma mão só (144,3 x 73 x 9,5 milímetros). Não é o smartphone mais fino e leve do mercado, mas cumpre bem sua função.

O Moto G5 está disponível nas cores cinza e dourado, e tem detalhes -- como o círculo ao redor da câmera traseira -- que lembram o Moto Z, modelo topo de linha da fabricante. A tela é de 5 polegadas, com resolução Full HD, menor do que a quarta geração do aparelho, lançada no ano passado.

Desempenho. As especificações técnicas do Moto G5 são interessantes. O smartphone é equipado com processador Qualcomm 430 de 1,4 GHz com oito núcleos, 2 GB de memória RAM e 32 GB de armazenamento interno (expansível a 128 GB com o uso de cartões microSD). A bateria é de 2.800 mAH -- mais modesta do que as encontradas nos principais smartphones do mercado -- com carga rápida.

Um detalhe interessante do Moto G 5 é o fato de ele ter a bateria removível. O primeiro Moto G, de 2013, foi um dos pioneiros entre os aparelhos mais básicos a ter a bateria presa ao corpo do smartphone. Entretanto, a Motorola não vende a bateria separadamente.

Durante nossos testes, a bateria do Moto G5 chegou ao final de 10h de uso com 19% de carga, o que é bastante razoável. O aparelho é compatível com a tecnologia de carregamento rápido e dá algumas horas de uso a mais com poucos minutos na tomada.

Software. O sistema operacional utilizado é o Android 7.0, também conhecido como Nougat. A interface do sistema continua a ser um dos bons motivos para comprar um Moto G5. Desde a primeira versão, a fabricante deixa a interface o mais limpa possível, somente com aplicativos básicos pré-instalados, a maioria do Google (Gmail, Mapas, Chrome, entre outros).

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A única exceção é o ícone da App Box, que traz links para demais aplicativos e games brasileiros. Entre as mudanças no layout do sistema, o novo Android 7.0 excluiu o botão de “Todos os Aplicativos” -- agora é só arrastar a base da tela para cima e a lista completa aparece.

Câmera. Já um ponto que deixa a desejar no Moto G5 é sua câmera traseira com resolução de 13 megapixels, de qualidade inferior à adotada na quarta geração do smartphone. Apesar de luminosa (f/2.0, o que ajuda nas fotos noturnas), os resultados à luz do dia foram bons, a câmera tem um foco rápido e o vídeo em qualidade Full HD também é bom. Entretanto, à noite o Moto G não oferece o melhor desempenho, com imagens borradas ou granuladas.

Extras. A parte frontal do Moto G5 traz apenas um botão, que é o leitor de impressões digitais usado para desbloquear o aparelho. O leitor funciona de forma rápida e simples, e podemos compará-lo aqui a demais modelos topo de linha do mercado hoje (como Galaxy S8 ou LG G6). O modo como o botão está inserido no aparelho -- como parte da tela, sem estar exposto -- ajuda na durabilidade do recurso, já que fica menos sujeito a riscos por estar integrado à frente do smartphone.

Versões. Vale lembrar que a Motorola também oferece uma versão com configurações um pouco mais avançadas no Moto G5 Plus, que tem uma tela maior (5,2 polegadas), um processador mais rápido, câmera melhor e um sintonizador de TV Digital, por R$ 1.499. Se você puder dispor da diferença, vale a pena pelos recursos extras.

O Moto G5 e o Moto G5 Plus brigam no mercado com demais aparelhos intermediários, como Asus Zenfone 3, Samsung J7 Prime ou LG K10, todos com preço na faixa dos R$ 1,5 mil ou menos.

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