Microsoft libera atualização para resolver falha em correção da Intel

Usuários que instalaram correção liberada pela Intel estão vendo seus computadores reiniciarem automaticamente e perdendo dados; nova atualização da Microsoft desabilita a correção da Intel

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Por Redação Link
Atualização:
Empresa não quis projetar perdas graças às falhas de segurança Meltdown e Spectre Foto: AP/Paul Sakuma

A Microsoft liberou nesta segunda-feira, 29, uma nova atualização de segurança para lidar com os problemas da atualização liberada pela fabricante de chips Intel para a falha Spectre, encontrada em seus chips no início do mês. A gigante de software tenta ajudar os usuários a resolver, por si mesmos, os problemas acarretados pela correção liberada pela própria Intel. A nova atualização para Windows 7, Windows 8.1 e Windows 10 desabilita a atualização da Intel, impedindo que o computador reinicie sozinho e leva à perda de dados.

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Na semana passada, a Intel revelou que as atualizações de software liberadas para corrigir a falha Spectre tinham uma falha, que poderia levar alguns sistemas a reiniciar, interrompendo o trabalho dos usuários e levando à perda de dados. Desde então, a fabricante de chips tem pedido que os usuários simplesmente não instalem a atualização liberada.

A atualização faz parte do catálogo do Windows Update, mas não trata-se de uma atualização automática. Por isso, os usuários de computadores que estão sendo afetados pela falha na correção da Intel terão de acessar a central de atualizações do Windows e baixar manualmente a correção. Segundo a Microsoft, ao instalá-la os usuários deixarão de enfrentar o problema. Usuários corporativos também terão uma solução diferente para que equipes de Tecnologia da Informação possam desabilitar a correção da Intel.

Polêmica. Não é só a polêmica em torno da falha na atualização que assombra a Intel. Neste domingo, 28, uma reportagem do jornal norte-americano The Wall Street Journal mostrou que a companhia avisou empresas chinesas sobre a falha grave em seus chips, antes das autoridades dos Estados Unidos, onde fica sua sede. A informação gerou preocupação entre especialistas, já que a informação sobre as falhas poderia ser usada por hackers chineses para descobrir informações estratégicas do governo norte-americano.

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