Quem viajar de avião pelos Estados Unidos e tiver um Galaxy Note 7 não poderá ligar o aparelho durante o voo ou despachá-lo na bagagem. É o que recomendou a agência regulatória de aviação dos Estados Unidos, a Federal Aviation Administration (FAA), nesta quinta-feira, 8.
Em comunicado divulgado à imprensa e às empresas, a FAA "recomenda fortemente" que os passageiros sigam sua orientação "à luz dos recentes incidentes com explosões de bateria provocados pelo Galaxy Note 7".
A decisão da FAA segue-se à de empresas aéreas australianas, que pediram a seus passageiros que não utilizem ou carreguem o Galaxy Note 7 durante o voo, e ao recall de 2,5 milhões de unidades anunciado pela Samsung na última sexta-feira, 2 de setembro. Além das empresas australianas, a Singapore Airlines também baniu o uso do aparelho em seus voos.
Os consumidores poderão trazer os aparelhos durante os voos, mas não poderão carregá-los em portas USB disponíveis junto com o sistema de entretenimento de bordo. Apesar de ter sido uma orientação da FAA, as empresas aéreas americanas não são necessariamente obrigadas a seguir a recomendação.
Questionada pela agência de notícias Reuters, a Delta, segunda maior empresa aérea dos Estados Unidos, disse que ainda está estudando o assunto. "Vamos compreender a decisão da FAA. Segurança é sempre uma prioridade da Delta", disse o porta-voz da empresa, Morgan Durrant. Procuradas, a United e a American Airlines não responderam às solicitações da reportagem.
IATA. A Associação Internacional de Transportes Aéreos (IATA, na sigla em inglês), também se pronunciou sobre o caso, lembrando que outros telefones já sofreram recall por questões relacionadas a baterias. "Não é a primeira vez que isso acontece, e as empresas estão preparadas para lidar com o tema", declarou a organização em nota.
Além de celulares e notebooks, outros tipos de aparelhos com baterias de íon-lítio também já tiveram seu trânsito vetado em voos – é o caso dos hoverboards, skates elétricos que se tornaram moda no final de 2015.