Samsung lança Galaxy S8 com tela curva ‘gigante’ de até 6,2 polegadas

Companhia sul-coreana apostou em mudança significativa no design de seu carro-chefe para convencer mercado a deixar para trás a crise do Galaxy Note 7

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Por Bruno Capelas e Claudia Tozzeto
Atualização:
Galaxy S8, lançado no ano passado pela Samsung Foto: Richard Drew/AP Photo

A fabricante sul-coreana Samsung acaba de lançar nesta quarta-feira, 29, dois novos smartphones da linha Galaxy S, o Galaxy S8 e o Galaxy S8+. Os novos modelos, a partir da nova versão, ganharam telas “gigantes”, de 5,8 polegadas no S8 e 6,2 polegadas no S8+, significativamente maiores que as usadas na última versão do aparelho (5,1 e 5,5 polegadas, respectivamente). Além disso, a partir dessa versão, ambos os modelos têm telas curvadas nas duas laterais. Os dois smartphones foram revelados em um evento da empresa em Nova York, nos Estados Unidos, e representam o primeiro grande lançamento da marca após os dois recalls e a retirada do mercado do Galaxy Note 7.

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Segundo a Samsung, o tamanho das telas aumentaram, porque a empresa fez modificações no design do aparelho para reduzir as bordas do aparelho. Dessa forma, a empresa conseguiu aumentar o tamanho da tela sem aumentar significativamente o tamanho total dos aparelhos. O Galaxy S8 tem espessura de 8 milímetros, enquanto o Galaxy S8+ tem espessura de 8,1 milímetros. Ambos os modelos continuam a ter proteção à prova d’água. O novo smartphone será vendido nos primeiros países, como Estados Unidos, a partir de 21 de abril. O Galaxy S8 será vendido por US$ 720, enquanto o Galaxy S8+ será vendido por US$ 840 (ambos na versão desbloqueada) -- o valor é significativamente mais alto que o do Galaxy S7, que custava a partir de US$ 650. Ainda não há previsão de lançamento no Brasil.

Outra mudança significativa no design do aparelho é o desaparecimento do botão Home, que ficava na base da frente dos smartphones da Samsung desde a primeira versão do aparelho. Ainda assim, os usuários poderão continuar a usar as funções do botão em uma superfície sensível ao toque que reage ao tipo de toque. O sensor de impressões digitais foi movido para a parte traseira do dispositivo, logo ao lado da câmera. Os botões liga/desliga e volume permanecem no mesmo lugar de sempre.

A empresa fez outras melhorias nos smartphones para além do design. A câmera traseira dos aparelhos fotografa com resolução de 12 megapixels, a mesma da edição anterior, mas oferece tecnologia "dual pixel" que duplica a quantidade de pixels das fotos, tornando as imagens mais nítidas. Segundo a empresa, está fotografando com melhor qualidade em ambientes com pouca luz. A câmera frontal, para selfies, é de 8 megapixels -- melhor que na versão anterior dos aparelhos -- e possui foco automático inteligente.

Para garantir o desempenho, o smartphone vai usar o processador da Qualcomm, Snapdragon 835 de oito núcleos, nas versões lançadas nos Estados Unidos. Em outros mercados, a Samsung deve adotar um processador próprio também de oito núcleos. Ambos os processadores foram desenvolvidos com tecnologia de 10 nanômetros, o que permite aumentar a capacidade de processamento, sem aumentar o tamanho do chip. O novo processador será o mesmo nos dois modelos e tem oito núcleos, o que ajuda a balancear o desempenho e o consumo de energia.

A empresa mecionou pontualmente a bateria ao longo da apresentação do novo smartphone, depois de ter reafirmado no início do evento seu compromisso com a segurança dos aparelhos. "Esse foi um ano desafiador para a Samsung. Aprendemos com lições valiosas e decisões difíceis. Hoje, estamos aqui para uma nova era", diz DJ Koh, presidente da divisão móvel da Samsung. 

Bixby. A Samsung também lançou uma nova assistente pessoal própria, chamado Bixby, para tentar diferenciar o seu smartphone dos concorrentes. A empresa já havia revelado a existência da tecnologia na semana passada, mas pode demonstrar a Bixby funcionando no palco, em Nova York. A empresa mostrou algumas formas como o serviço – que compete com a Siri, da Apple, e o Assistant, do Google – poderá ser utilizado.

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Uma das grandes novidades é que o Bixby é capaz de "entender o contexto", nas palavras da própria Samsung. O assistente é capaz de entender o que está acontecendo na tela do usuário e também ao seu redor, ao usar a câmera, permitindo que comandos de voz e toques na tela sejam alternados sem problemas – a Siri, da Apple, por exemplo, não consegue compreender que o usuário tocou na tela enquanto conversa com ela.Ao contrário da Siri, porém, o sistema parece não responder ao usuário por meio de voz, por exemplo. O sistema apenas executa as ações pedidas pelo usuário.

Com ajuda da tecnologia de aprendizado de máquina, uma área da inteligência artificial, o Bixby "vai se tornar mais útil ao usuário" quanto mais for usado. Com o tempo, diz a Samsung, ele será capaz de perceber quais são os aplicativos que o dono do celular mais utiliza, a cada hora do dia, e poderá sugeri-los na tela. Ele pode sugerir ao usuário pegar um Uber quando ele estiver saindo do trabalho, ou mostrar um aplicativo de notícias no início da manhã. Além disso, a plataforma terá integração com outros aplicativos, como é o caso do serviço de streaming de música Google Play Música.

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