Sudeste concentra maioria de tentativas de infecção a smartphones no Brasil

De acordo com o relatório, o trojan é o malware mais frequente nos celulares que sofreram ameaças de infecção

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Por Matheus Mans
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REUTERS

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Quase 50% dos smartphones que sofreram tentativas de infecção por vírus e outros tipos de malware estão na região Sudeste do Brasil, de acordo com o estudo divulgado pela fabricante de antivírus PSafe. O relatório aponta que mais de 4 milhões de aparelhos foram alvo de infecções em todo o País somente ao longo do mês de outubro.

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O trojan — programa malicioso que se instala no computador do usuário disfarçado de um software legítimo — é o tipo mais comum dentre os registrados, com 51,8% do total. Ele torna o aparelho mais vulnerável à infecção por outros tipos de vírus, o que colocaria em risco mais de 2 milhões de celulares em todo o País.

“Trojan funciona como o foguete. Ele leva a ogiva até o celular, fazendo com que outra ameaça tenha espaço para entrar no sistema”, diz Marco DeMello, CEO da PSafe e especialista em segurança digital. No ranking das ameaças, o adware – malware escondido em anúncios de sites – é a segunda mais comum, com 38,8% das infecções no Sudeste.

Para fazer o estudo, a empresa analisou informações de mais de 20 milhões de usuários do aplicativo de antivírus da PSafe em todo o País.

O motivo de tantos casos no mês de outubro é a falta de segurança dos celulares. “Ainda existe a ideia de que só existe vírus em PC. Mas o número de smartphones, atualmente, é bem maior do que o de PCs. Então, o número de ameaças também aumenta”, diz DeMello.

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Para evitar que os smartphones sejam infectados, o usuário deve ter cuidado com suas senhas, não acessar links suspeitos e não ler códigos do tipo QR Code. Outras medidas incluem não abrir e-mails com remetentes suspeitos e não acessar redes Wi-Fi públicas.

Futuro. A falta de cuidados de segurança com o smartphone permite que outros aparelhos sejam infectados, como relógios e pulseiras inteligentes. “A segurança dos vestíveis e dos dispositivos de automação residencial serão o próximo campo de batalha”, prevê o executivo.

Com a chegada de novos produtos ao mercado, os usuários ficam cada vez mais vulneráveis, uma vez que a inovação das tecnologias de segurança não acontecem no mesmo ritmo do lançamento de novos dispositivos. “As empresas não esperam os serviços de segurança se atualizarem, o que traz riscos ao consumidor.”

Confira, na imagem abaixo, o estudo completo divulgado pela PSafe:

DIVULGAÇÃO/PSAFE

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Matéria atualizada em 16 de novembro, às 14h15

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