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Brasil leva delegação recorde à feira de games GDC 2017

Evento voltada para produtores de jogos terá participação de 36 empresas do País, dez a mais que no ano passado; meta é gerar pelo menos US$ 20 milhões em negócios

Por Bruno Capelas
Atualização:
Tela de abertura do jogo brasileiro No Heroes Here, do estúdio paulistano Mad Mimic; game concorre a prêmios na feira Foto: Mad Mimic

Pelo segundo ano seguido, o Brasil terá delegação recorde na Game Developers Conference (GDC) 2017, um dos principais eventos do mundo dos games. Neste ano, 36 empresas brasileiras – dez a mais que em 2016 – e mais de 100 desenvolvedores trocam o Carnaval por uma viagem para São Francisco, nos Estados Unidos, para participar da feira, que acontece a partir da próxima segunda-feira, 27.

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Ao contrário de feiras como a E3, em Los Angeles, ou a brasileira Brasil Game Show, a GDC é um evento voltado para os produtores de games. “Toda a cadeia da indústria se encontra lá. É onde conseguimos fazer contatos e fechar contratos”, explica Eliana Russi, diretora executiva da Associação Brasileira de Desenvolvedores de Jogos Digitais (Abragames). A associação, fundada por estúdios que produzem games no País, tem hoje 122 empresas filiadas. 

A GDC é dividida em três partes: uma premiação, a conferência, onde desenvolvedores dão palestras sobre as tendências tecnológicas recentes, e a Game Connection America (GCA), onde há rodadas de negócios entre empresas. “Na GCA, podemos mostrar nossos jogos, trazer jogos de fora para o Brasil ou até mesmo vender serviços para realizar uma parte de um game”, explica Fernando Chamis, presidente da Abragames e co-fundador do estúdio paulistano Webcore Games. 

No ano passado, as conversas entre empresas da GCA geraram US$ 20 milhões em negócios para os estúdios brasileiros – a meta, este ano, é superar essa marca. Para isso, um dos principais esforços da Abragames é, em parceria com a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil), a realização de um estande coletivo para as empresas daqui. “Voltar ao evento todos os anos é importante: em um, você mostra o conceito de um jogo. No outro, pode tentar achar um parceiro para distribui-lo internacionalmente. Ter isso numa delegação aumenta a força da sua ideia”, avalia Chamis. 

Segundo Chamis, um dos principais temas do ano deverá ser, de novo, a realidade virtual – no ano passado, a GDC aconteceu às vésperas do lançamento de dispositivos como Oculus Rift e HTC Vive. “É algo para o qual a indústria está olhando, mas é preciso ver se o consumidor vai de fato comprar essa ideia”, diz o executivo da Webcore, que levará à feira um projeto de um game na área, Terra Codex. 

Troféu. Pela primeira vez, o Brasil tem dois jogos finalistas na premiação da GDC, a Game Connection Development Awards 2017. A Mad Mimic, de São Paulo, teve o seu No Heroes Here indicado para a categoria de Jogo Social, enquanto The Rabbit Hole, da também paulistana VR Monkey, foi apontado para três troféus: Jogo Hardcore, Mais Criativo e Jogo Independente. 

No ano passado, Alkymia, da brasiliense Bad Minions, disputou as categorias Melhor Jogo de PC e Consoles e Jogo Hardcore, mas não levou nenhuma das duas. Ainda em desenvolvimento, o game deve chegar aos consoles e PCs no segundo semestre deste ano. 

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