Com Switch, Nintendo tenta voltar a crescer

Novo videogame tem missão de reerguer companhia depois de cinco anos de resultados fracos; misto de console e portátil, aparelho custará US$ 299 nos EUA

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Por Bruno Capelas
Atualização:
Com títulos de peso como The Legend of Zelda: Breath of the Wild e The Elder Scrolls V: Skyrim, o Switch pretende competir de igual para igual com PS4 e Xbox One. O aparelho promete recuperar o prejuízo do Wii U com recursos inovadores e sendo o primeiro híbrido entre console de mesa e portátil. Data de lançamento: março de 2017. Foto:

A empresa japonesa Nintendo anunciou nesta sexta-feira, 13, que seu mais novo console, chamado Switch, chegará às lojas do mercado norte-americano em 3 de março por US$ 299. Os primeiros games compatíveis – que incluem o do encanador Mario – também foram anunciados. O lançamento representa mais uma tentativa da Nintendo de virar o jogo e voltar a crescer, depois de alguns anos à margem.

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Misto de videogame de mesa e console portátil, o Switch sucede o Wii U, aparelho lançado em 2012 que vendeu apenas 14 milhões de unidades e fez a empresa ter cinco anos seguidos de resultados financeiros ruins.

“O Switch é um novo tipo de entretenimento: ele pode ser jogado na TV, mas também onde você quiser”, explicou Tatsumi Kimishima, presidente da Nintendo, durante a apresentação do consoles, diretamente de Tóquio. O videogame não tem data prevista para chegar ao Brasil – a Nintendo encerrou operação no País em janeiro de 2015. 

A princípio, o Switch consiste em dois aparelhos: uma caixa com tela sensível a toque de 6,2 polegadas – que armazena a parte responsável pelo processamento do videogame, um controle com dois pares de quatro botões e dois comandos direcionais analógicos, além de um dock para deixar na estante para encaixar o aparelho na hora de jogar na tela da TV.

A inovação está na forma como esses elementos podem ser combinados: o controle pode ser dividido em dois, caso amigos queiram jogar juntos; os joysticks também podem ser acoplados à tela, para jogar na rua; se o jogador estiver distante da TV, a tela do Switch poderá ser usada como TV independente, e os controles podem ser divididos entre dois amigos.

Para André Pase, professor da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS), o console “faz sentido para jogar no avião, mas não no metrô, onde o jogo pode atrapalhar passageiros.”

Apesar da versatilidade, há quem duvide que isso bastará para o console se popularizar. Segundo o analista chinês Daniel Ahmad, da consultoria Niko Partners, “o Switch deixou muitas dúvidas”. 

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Jogos. Por melhor que seja um videogame, ele só terá sucesso se tiver bons games. Ontem, a Nintendo anunciou alguns títulos com personagens da própria empresa: em março, estará disponível o novo jogo de The Legend of Zelda, franquia que não teve jogos para consoles de mesa desde 2011. 

Além disso, o Switch terá Just Dance 2017 , da Ubisoft, e o curioso 1-2-Switch, da própria Nintendo “Zelda é um vendedor de consoles, mas o resto compõe uma escalação fraca para o lançamento”, disse Ahmad, da Niko Partners. Super Mario Odyssey também atrairá velhos fãs da marca quando chegar ao console – mas só no final do ano.

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