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Documentário ‘Paralelos’ mostra como pirataria mudou história dos games no País

Das máquinas de fliperama da Taito ao CS_Rio, série exibe como cultura de videogames do Brasil foi criada de forma controversa

Por Bruno Capelas
Atualização:
Stefano, presidente da Tectoy durante a década de 1980 e 1990: empresa 'hackeou' games estrangeiros para criar versões locais, comoMônica no Castelo do Dragão Foto:

Para quem viveu – e jogou games no Brasil – entre os anos 1980 e 2000, termos como emulador, Phantom System, Bomba Patch ou CS_Rio são tão naturais quanto falar em Mario e Sonic. É isso o que mostra o documentário Paralelos, lançado na última semana pelo site da Red Bull no Brasil – o projeto pode ser assistido de forma gratuita. 

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Dirigido por Hugo Haddad e Pedro Falcão, o documentário – dividido em três capítulos de sete minutos cada – mostra como a cultura da malandragem e do “jeitinho” moldaram a história dos videogames no País, bem antes de empresas como Sony e Microsoft se estabelecerem oficialmente por aqui. “Sem esses truques e saídas, o Brasil não teria uma cultura de games”, diz Falcão. 

A série mostra desde a chegada dos fliperamas ao país, passando pela reconstrução dos arcades gringos na Zona Franca de Manaus, até a popularização de versões modificadas do PlayStation 1 e 2, que aceitavam mídias pirateadas. 

Além de entrevistar os responsáveis pela fabricação dessas máquinas, os episódios mostram entusiastas dos games da época como Emicida. Ali, os jogos eram todos gringos, mas a temática era brasileira. A máquina de pinball Playboy, aqui, virou a Oba Oba. 

Um dos destaques do documentário é um encontro entre os engenheiros Marcos Santos, da Gradiente (que fabricou o Phantom System, clone do videogame NES, da Nintendo) e Alexandre Pagano, da Tectoy – que ‘hackeou’ jogos estrangeiros para criar versões nacionais como Mônica no Castelo do Dragão. Participam do documentário também os desenvolvedores Amora Bettany, Pedro 'Santo' Medeiros e Israel Mendes. 

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