PUBLICIDADE

Mostra em SP 'A Era dos Games' conta a história dos jogos eletrônicos

Organizada pelo inglês Barbican Center, ‘A Era dos Games’ traz 150 jogos à disposição do público, do Atari à realidade virtual

Por Bruno Capelas
Atualização:
O curador da exposição 'A Era dos Games', Patrick Moran, quer criar umpanorama sobre a história dos jogos Foto: Tiago Queiroz/Estadão

Mario, Sonic, Lara Croft e os cubos verdes de Minecraft no lugar das obras de arte: essa é a ideia da exposição ‘A Era dos Games’, que começa hoje em São Paulo no Pavilhão da Bienal. A mostra, organizada pelo museu inglês Barbican Center, propõe uma viagem longa pela história dos videogames, com mais de 150 jogos.

PUBLICIDADE

A melhor parte da mostra é que, em vez de estarem simplesmente expostos na parede, os games podem ser testados pelo público. Quem for ao Ibirapuera terá a chance de colocar as mãos nos controles e experimentar raridades e novidades.

Entre as “peças de museu” dos games presentes, estão o Spacewar, primeiro jogo da história, desenvolvido por quatro estudantes do Massachusetts Institute of Technology (MIT) em 1961, e o Magnavox Odyssey, primeiro console a ser vendido nos EUA.

Pong, espécie de “tênis virtual” que foi o primeiro jogo comercial da história e é conhecido aqui no Brasil como Telejogo, tem um espaço especial, com direito a telão para que duas pessoas se enfrentem na frente dos amigos.“A ideia foi fazer um panorama dos games. A organização não é cronológica, mas a mostra é uma lição de história”, explica o curador Patrick Moran, em entrevista ao Estado.

Próxima fase. Para quem acompanhou a trajetória dos games até aqui, ‘A Era dos Games’ traz também a chance de vislumbrar o futuro. No final da exposição, uma grande esfera branca, quase como uma bola de cristal, chama a atenção de quem passa: é a Virtual Sphere.

Dentro dela, cabe uma pessoa, que é convidada a andar na esfera e usar tecnologias como óculos de realidade virtual e sensores de movimento. É a tentativa da equipe do Barbican Center de fazer os visitantes descobrirem o que os games podem ser daqui a uma ou duas décadas. Um aviso: a experiência pode ser enjoativa para estômagos fracos.

Para quem prefere ficar com os dois pés no chão, é possível testar ainda novidades dos games que não chegaram oficialmente ao mercado brasileiro, como o Nintendo Switch, console lançado no início deste ano pela empresa japonesa, e os óculos de realidade virtual PlayStation VR, da Sony, e Vive, da chinesa HTC.

Publicidade

Ao todo, a exposição tem 13 áreas. Há, por exemplo, um espaço dedicado a formas de entretenimento que antecederam os games, como máquinas de fliperama e caça-níqueis. Outro, especialmente criado para a versão brasileira da mostra, convida os visitantes a se unirem na dança (com Just Dance) e em bandas (com Rock Band, game que marcou época no início desta década).

Um destaque da mostra é o cuidado da organização em aproximá-la do contexto brasileiro: na área de games infantis, por exemplo, aparece Mônica e o Castelo do Dragão, game da Tec Toy lançado em 1991 para o Master System, com a icônica personagem de Mauricio de Sousa. A área de jogos independentes tem títulos nacionais recentes, como Odallus: The Last Call, da Joymasher, e até o inédito Skytorn, que deve chegar aos computadores até o fim deste ano.

Com custo de 1 milhão de libras, a mostra ‘A Era dos Games’ roda o mundo desde 2011, quando foi criada pelo Barbican Center, e já esteve presente em 33 cidades de 25 países. Em São Paulo, a exposição ficará em cartaz até 12 de novembro – as visitas terão horários pré-agendados, e serão realizadas em seis sessões diárias, com 90 minutos de duração cada.

Os ingressos podem ser comprados online ou na bilheteria do evento e custam R$ 40. Depois, a exposição segue para o Rio de Janeiro, onde ficará em cartaz no Museu Histórico Nacional, entre 6 de dezembro e 5 de março de 2018.

SERVIÇO: 'A ERA DOS GAMES'

Pavilhão da Bienal, 3º andar, Avenida Pedro Álvares Cabral, S/N. Horário: 11h às 20h (fecha na segunda-feira) Ingresso: R$ 40 (há meia-entrada). Até 12/11.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.