Nintendo mostra novo fôlego com o Switch

Empresa conseguiu vender mais de 3 milhões de unidades do híbrido de console e portátil em um mês; Nintendo diz não ter planos de voltar ao Brasil

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Por Bruno Capelas
Atualização:
Mario é o carro-chefe da Nintendo; empresa não tem planos de voltar ao Brasil Foto: Mario Frederic/AFP

Um ano pode mudar muita coisa no mundo dos games: se na E3 de 2016 a Nintendo teve uma presença discreta, destacando apenas o novo game da série Zelda, este ano a empresa mostrou que “daqui para a frente, tudo vai ser diferente”.

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Em uma apresentação curta, de 25 minutos, a empresa exibiu mais de dez jogos para o Switch, seu videogame atual. Entre eles, há títulos clássicos da companhia, como Mario, Pokémon, Yoshi e Metroid, prontos para convencer o consumidor de que o novo videogame da empresa é o melhor presente de Natal de 2017.

“A Nintendo abriu a variedade de jogos e soube usar as grandes marcas que eles têm, como Mario e Pokémon”, avalia Guilherme Camargo, professor da ESPM. Lançado em março, o Switch é um videogame híbrido: ele pode ser jogado em casa, mas também na rua. Seu controle pode ser dividido ao meio para que dois jogadores joguem juntos. “Enquanto a Sony e a Microsoft olham para o público fanático por games e apostam em gráficos, a Nintendo se destaca em novas formas de interagir com o jogador”, explica Arthur Protasio, roteirista da produtora de games Fableware. “Quando a indústria diz ‘zig’, nós dizemos ‘zag’. Queremos trazer diversão”, explicou Reggie Fils-Aime, presidente da Nintendo of America, ao site Glixel, na E3.

A receita parece ter dado certo: em seu primeiro mês no mercado, o Switch vendeu cerca de 3 milhões de unidades. Nos EUA, onde é vendido a US$ 399, lojas online e o varejo tradicional têm dificuldade de manter o estoque do produto por causa da demanda dos jogadores. O cenário é completamente diferente do Wii U, antecessor do Switch, que vendeu 14 milhões de unidades em quatro anos no mercado, e sofreu com a baixa adesão de jogadores e de parceiros. Agora, é diferente: EA, Bethesda e Ubisoft terão jogos para o Switch até o final deste ano.

Para André Pase, professor da PUC-RS, com os anúncios feitos pela japonesa esta semana, a Nintendo mostra que está de volta à briga. “Ela não disputa mercado com Sony e Microsoft, mas corre por fora”, avalia.

Brasil. Apesar do bom início do Switch, é cedo para apostar em ver a Nintendo de volta ao Brasil – a empresa abandonou sua operação local no início de 2015, no auge da crise do Wii U. Na E3, a empresa disse não ter planos de retornar ao País. 

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